Nesta semana, nossa equipe de Artes Cênicas recomenda algumas obras nas plataformas online como forma de conhecermos experiências cênicas de qualidade. Compartilhamos alguns trabalhos de dança e teatro para o público adulto, além de um espetáculo voltado para o público infantil.

OMBELA, A ORIGEM DAS CHUVAS
O espetáculo infantil é baseado no livro homônimo do poeta e escritor angolano Ondjaki e conta a história de uma deusa menina e africana, a deusa das chuvas, que está começando a entender os seus sentimentos e a diferença entre alegria e tristeza. Na fábula, o choro de Ombela é o responsável pelas águas dos rios, mares e cachoeiras e a ideia do espetáculo é conscientizar o público, de forma lúdica e realista, de que a preservação do nosso planeta é urgente. Classificação indicativa: Livre. O espetáculo está disponível até o dia 30/04/2020. Clique aqui.

COMPANHIA DE DANÇA DEBORAH COLKER | CÃO SEM PLUMAS
A companhia de dança Deborah Colker foi criada no ano de 1994, e possui uma atuação constante nos palcos do Brasil e do mundo, com treze espetáculos de alto rigor técnico. O espetáculo Cão sem plumas inspira-se no poema de João Cabral de Melo Neto, para trazer a dimensão do homem ribeirinho e seus percalços para a sobrevivência. Com interlocuções com diversos artistas, tais como Cláudio Assis (direção cinematográfica), Gringo Cardia (Cenografia e Direção de Arte), Jorge du Peixe e Berna Ceppas (Direção Musical, com a participação especial de Lirinha), dentre outros, o trabalho traz uma importante visão sobre uma parcela da população brasileira, a sua situação social e embates constantes. Para saber mais sobre a companhia, visite: https://www.ciadeborahcolker.com.br/.

INCÊNDIOS
O texto, escrito pelo libanês Wajdi Mouawad, foi encenado em 15 países do mundo. A trama conta a história da árabe Nawal, aqui interpretada por Marieta Severo, cuja vida é atravessada por décadas de uma guerra civil. A personagem tem seus últimos anos de vida no Ocidente, onde permanece exilada por vontade própria, e deixa em testamento uma tarefa para seu casal de filhos: encontrar o pai e um irmão perdido no Oriente. Com magistral direção de Aderbal Freire-Filho, o trabalho recebeu o prêmio Shell de melhor espetáculo de 2014, com diversas outras premiações. O texto também foi adaptado para o cinema, pelo canadense Denis Villeneuve em 2010, tendo concorrido ao Oscar de melhor filme estrangeiro. Acesse aqui.

TEATRO DOS EXTREMOS | BALÉ RALÉ
Balé Ralé nos coloca diante de alguns dilemas morais, seja em nosso íntimo ou coletivo, justamente quando se torna necessário e urgente trazer à luz temas que tem estado nas capas dos jornais e que dizem respeito a todos, como a desigualdade, o preconceito, a opressão, os muros políticos, sociais e simbólicos que se erguem cotidianamente. Os textos de Marcelino Freire dão continuidade à pesquisa da companhia na reflexão das questões da diversidade e seus reflexos sobre o homem contemporâneo, numa cena contundente sobre os limites do corpo, da sociedade e sua potência transformadora. Balé Ralé, sétimo espetáculo de Teatro de Extremos. A cia já conta com 12 anos de trabalho continuado e atuação ininterrupta. Estreou em 2017, no Arena do Sesc Copacabana, dentro do projeto Marcelino Freire – A palavra amassada entre os dentes, que também teve em sua programação os trabalhos Contos Negreiros do Brasil e Um sol de muito tempo. Espetáculo adulto indicado para maiores de 16 anos. Para saber mais sobre a companhia, visite: https://www.facebook.com/teatrodeextremos/.

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