Dia Nacional do Idoso
Crédito: Getty Images

Dia Nacional do Idoso: Trocas Intergeracionais

No mês em que se celebra o Dia Nacional do Idoso e o Dia das Crianças, uma reflexão sobre a importância das trocas entre as gerações.

Desafiadora, fundamental e urgente: iniciar assim um texto sobre trocas intergeracionais pode causar certo impacto, porém, diante de uma sociedade cada vez mais diversa, conectada e longeva, pautar a relevância delas é primordial para trazer um novo olhar à questão e explicitar que, longe de grandes complicadores, elas podem ser simples, corriqueiras e benéficas.

Facilmente poderíamos definir as trocas intergeracionais como “um jogo de ganha-ganha”, em que o prêmio maior é o avanço da sociedade como um todo. A troca de experiências entre as gerações derruba estereótipos, cria um canal de comunicação que potencializa os aprendizados, amplia o repertório lúdico de crianças e jovens, aproxima e apazigua relações anteriormente tendenciadas ao conflito, oportuniza a partilha de potencialidades, diminui julgamentos, imposições e engessamentos, e ensina a valorizar a experiência do outro. Atua ainda de forma orgânica como importante ferramenta contra o etarismo – preconceito etário -, pois enfraquece paradigmas que, por exemplo, pretendem impor que crianças e jovens não tem nada a ensinar e que, em contrapartida, a pessoa idosa não é capaz de aprender novas habilidades e tecnologias. Interessante é que muitas são as opções e adaptações possíveis e cotidianas nessa interação, uma vez que não há uma indicação, regra ou rígida classificação para que aconteçam.

Artes manuais, esportes, jogos, reais ou virtuais, contos, atividades de escrita, artes… São exemplos de atividades que podem ser realizadas em conjunto. Uma pessoa idosa pode ensinar uma cantiga de roda, um jogo popular, repassar saberes tradicionais e folclóricos. Uma criança ou jovem que compartilha suas habilidades tecnológicas, suas impressões sobre a atualidade e tendências evidencia quão simples e casuais podem ser essas interações.

Há de se lembrar ainda que determinados conhecimentos não são exclusividade dessa ou daquela geração. Muito embora existam vivências mais propícias de tempos em tempos, nas trocas intergeracionais não deve importar de onde vem o conhecimento. O foco deve estar na partilha, na disposição e disponibilidade para a experiência.

Nessa dinâmica há apenas uma regra: seja qual for a atividade escolhida para a interação intergeracional, é essencial que a escolha seja democrática, de interesse comum e que garanta a todos os envolvidos a sua relevância no processo. Seja instruindo ou aprendendo, saber-se como parte importante muda a disposição e a entrega de quem participa e de quem faz.

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