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Celebre o cinema brasileiro com belas produções contemporâneas

Por Valdomiro Meireles

O cinema brasileiro contemporâneo é muito rico e diversificado. Dentre os filmes que indicamos esta semana, todos os cinco lançados nos últimos cinco anos, há dramas – dos mais diretos aos com toques de humor -, suspense e uma aventura infantil para assistir com a criançada. Dois dos filmes brasileiros mais importantes desta safra recente estão nesta lista, Que horas ela volta? e Aquarius. O cinema de gênero, cada vez mais presente na nossa cinematografia, está representado aqui pelo O escaravelho do diabo. Completam a lista o drama Como nossos pais e o infantil Felipa e o Foguete. Todos estão disponíveis em plataformas de streaming e podem ser assistidos a qualquer momento.

Que horas ela volta? (2015)

A diretora Anna Muylaert nos apresenta um drama com muitas pitadas de humor em que a atriz Regina Casé interpreta a personagem Val e nos brinda com uma atuação brilhante. Val é a empregada doméstica vinda de Pernambuco que trabalha e mora há mais de dez anos em SP, na casa dos patrões Carlos (Lourenço Mutarelli) e Bárbara (Karine Teles). Val praticamente criou os filhos do casal e é considerada como da família, mas continua dormindo no quartinho dos fundos e fazendo suas refeições na cozinha. Na bela piscina que tem na casa do casal de classe média alta, Val nunca entrou. A “harmonia” presente na casa é quebrada com a chegada de Jéssica (Camila Márdila), filha da empregada que chega em São Paulo para se preparar para o vestibular e fica hospedada na mesma casa onde a mãe trabalha e mora. Disponível no Globoplay.

O escaravelho do diabo (2016)

O diretor estreante no cinema, Carlo Milani, trouxe para tela grande, com roteiro de Melanie Dimantas e Ronaldo Santos, a adaptação do livro “O escaravelho do diabo”, escrito por Lúcia Machado de Almeida em 1953. O filme apresenta basicamente a mesma história do livro, mas se permite algumas mudanças, como por exemplo a idade do personagem Alberto Maltese (Thiago Rosseti), que no longa-metragem tem cerca de 13 anos. Em Vale das Flores, pequena cidade do interior, o jovem Hugo Maltese (Cirillo Luna) é encontrado morto em seu quarto, com uma espada no peito, pelo irmão Alberto. O curioso é que antes de morrer ele recebeu uma caixa com um escaravelho dentro. Logo outra vítima é morta após receber outro escaravelho. O caso começa a ser investigado pelo delegado Pimentel (Marcos Caruso), que sofre de uma doença que o faz esquecer as coisas. O jovem Alberto descobre uma característica entre as vitimas: todas são pessoas ruivas. Uma improvável dupla, portanto, começa a caçar o assassino em série. Disponível no Globoplay.

Aquarius (2016)

Em seu segundo longa-metragem de ficção, o diretor Kleber Mendonça Filho nos apresenta um dos grandes filmes brasileiros do século XXI. Em “Aquarius”, o cineasta mostra a história da personagem Clara (Sônia Braga em uma das suas maiores atuações no cinema brasileiro). No longa, Clara é uma jornalista aposentada, viúva e mãe de três adultos. Ela mora em um apartamento de frente para a praia de Boa Viagem, em Recife. Seu lar é cobiçado por uma construtora, que já adquiriu praticamente todos os apartamentos do prédio. O plano da construtora é construir um novo edifício no local. A partir daí, vemos um embate entre a protagonista e os representantes da construtora. Ela não quer se desfazer de seu aparatamento, local onde criou seus filhos e fincou suas raízes. O filme trata de memória, de ética e de como podemos conciliar o antigo e o novo. Mais uma vez, Kleber Mendonça Filho se afirma como um dos mais importantes diretores em atividade. Disponível no Netflix e no Sesc Digital

Como nossos pais (2017)

A grande diretora Laís Bodanzky nos apresenta um drama conduzido pela personagem Rosa, interpretada pela atriz Maria Ribeiro, uma mulher com quase quarenta anos de idade que precisa resolver os problemas de um casamento com um marido ausente, desenvolver suas habilidades como mãe de duas meninas, enfrentar as dificuldades do trabalho e resolver os conflitos com Clarice (Clarisse Abujamra), sua mãe. Bodanzky, que já havia nos brindado com obras como “Bicho de sete cabeças” e “As melhores coisas do mundo”, conduz a trama muito bem, discutindo através de Rosa temas como feminismo, desemprego, crise de uma filha pré-adolescente e um grande segredo revelado por sua mãe. Disponível no Netflix.

Felipa e o Foguete (2017)

Felipa e o Foguete é um média-metragem muito divertido e voltado para o público infantil, dirigido por Daniel Calil e Danilo Daher. No filme, acompanhamos a aventura de Felipa (Maria Fernanda Pelles) e seus três novos amigos até a casa de seu avô (Sérgio Mamberti) para encontrar seu cãozinho, Foguete. Disponível no Globoplay.

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