Cinema japonês em foco

Cinema japonês em foco

A equipe de Cultura do Sesc RJ preparou dicas de cinema japonês para curtir em casa. Confira!

O Japão, sem sombra de dúvida, é um país que deu ao mundo cineastas importantíssimos. Kenji Mizoguchi, Yasujirô Ozu, Akira Kurosawa, Masaki Kobayashi, Kaneto Shindô, Kinuyo Tanaka, Takeshi Kitano, Hayao Miyazaki, Hirokazu Koreeda e Naomi Kawase são alguns exemplos importantes.

Desde o século XIX até os dias de hoje, grandes filmes japoneses foram realizados, muitos deles com circulação pelos festivais mais importantes do mundo e vistos por um público amplo. Alguns mais recentes tem sido bem aceitos inclusive em território brasileiro, lançados no circuito comercial, mesmo que em poucas salas ou ficando apenas por uma ou duas semanas em cartaz.

Enquanto os nossos cinemas comerciais, cinematecas e salas de exibição em geral continuam fechados, a dica de hoje é assistir aos cinco filmes indicados abaixo, todos disponíveis em plataformas de streaming, e aproveitar para conhecer nem que seja uma pequena fatia do que o cinema japonês tem a oferecer.

Era uma vez em Tóquio (Tôkyô monogatari, 1953)
Yasurjirô Ozu foi um dos diretores japoneses mais importantes. Influenciou gerações, no próprio Japão e no mundo, e deixou um legado de aproximadamente 50 filmes. “Era uma vez em Tóquio” é a sua realização mais icônica, sobre um casal de idosos que decide visitar os filhos e os netos, mas são recebidos com indiferença. A viagem do interior a Tóquio frustra os dois, que procuram se manter compreensíveis à situação. Noriko, nora do casal, é a única que parece ainda guardar alguma sensibilidade diante dos afazeres cotidianos e da pressa da cidade grande. Poucas vezes a solidão na terceira idade foi tão bem retratada como nesse clássico de Ozu. Disponível no Petra Belas Artes – À La Carte.

Contos da lua vaga depois da chuva (Ugetsu, 1953)
Em 1953, Kenji Mizoguchi era um veterano no cinema. Sua carreira tem início na década de 1920, e antes de lançar “Contos da lua vaga” já havia dirigido cerca de 90 filmes. O longa se passa no século XVI, em meio à guerra civil japonesa, e os protagonistas são dois irmãos fazendeiros que vão à cidade com o objetivo de encontrar compradores para as peças de cerâmica que fabricam. Após vendê-las, um irmão decide se tornar samurai, enquanto o outro acredita que pode enriquecer através do comércio. Uma narrativa assombrosa (não apenas por envolver um fantasma!) sobre amor, família, desejos e ambição. Disponível no Petra Belas Artes – À La Carte.

Meu amigo Totoro (Tonari no Totoro, 1988)
Disponível também em sua versão dublada, esta animação dos estúdios Ghibli dirigida por Hayao Miyazaki é uma das mais famosas e vem conquistando os corações das crianças e dos adultos desde seu lançamento. O filme é sobre duas meninas que se mudam para o interior do Japão para cuidar de sua mãe doente e fazem amizade com criaturas mágicas que habitam os arredores de seu novo lar. As aventuras das crianças com os seres da floresta são ao mesmo tempo divertidas e reflexivas, e as imagens desse universo criadas em torno da figura do Totoro podem até parecer amedrontadoras, mas não deixam de ser fascinantes. Disponível no Netflix.

Sabor da vida (An, 2015)
As mãos mágicas de Tokue sabem preparar uma deliciosa pasta de feijão vermelho. Sentarô é o dono de um quiosque especializado em dorayakis (panquecas recheadas do tal feijão) que fica receoso ao receber uma oferta de Tokue para ajuda-lo na cozinha, mas tudo muda quando ele prova a sua receita secreta. A diretora Naomi Kawase retrata com delicadeza seus personagens em “Sabor da vida” e compõe, no caminho, um retrato singelo de uma mulher idosa. Disponível no Telecine Play.

Assunto de família (Manbiki kazoku, 2018)
Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, o filme de Hirokazu Koreeda é um drama que surpreende pelos seus personagens pouco usuais e muito complexos. Basicamente, a trama envolve uma família que precisa realizar pequenos furtos para sobreviver. Quando veem uma criança esquecida sozinha no frio da rua, decidem pega-la para criar ao invés de reportar às autoridades. Cada pessoa que compõe essa família é explorada numa narrativa bem consistente, capitaneada pela direção do experiente Koreeda. Disponível no Netflix.

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