Dicas de livros para viajar - Turismo Social

10 livros para viajar sem sair do lugar

Saudades de viajar? O Sesc RJ preparou 10 dicas de livros para você viajar sem sair do conforto do seu lar!

Em tempos de isolamento social, o mercado de turismo foi um dos mais afetados, já que as restrições que visam evitar aglomerações afetam desde as viagens locais até os destinos internacionais. Até que tenhamos uma vacina, é melhor adiar nossos planos de viagem.

Mas, para quem tem um bom livro e uma imaginação fértil, sempre é possível ampliar seus horizontes, seja pra imaginar, seja para planejar seus próximos roteiros.

A nossa equipe de Turismo Social selecionou 10 livros que vão te levar a outros tempos e lugares, enquanto não for possível viajar fisicamente. São eles: 

O corpo encantado das ruas
Luiz Antonio Simas

A nossa primeira parada é bem aqui, no Rio de Janeiro, com “O Corpo Encantado das Ruas”, do historiador Luiz Antonio Simas, uma referência sobre cultura popular brasileira. 

Nessa sátira social, as ruas vistas por ele incorporam um movimento. Seja onde for, as tramas das ruas cariocas surpreendem. Dito por ele próprio: “Esse livro é uma homenagem às pombas-gira que habitam a cidade.” 

Em suas avaliações sociais, o Parque Shanghai é tão importante quanto o Cristo Redentor. Bach é um gênio como Pixinguinha. O Museu Nacional, um território sagrado, que acumulava o axé proporcionado pelos ancestrais à comunidade. 

É um livro onde mitos e luzes se mostram. “Do encantado ao corriqueiro da rua, traz situações cotidianas num embate do corpo contra a morte.” 

Um Lugar na Janela
Martha Medeiros

Saindo do Rio de Janeiro, embarcamos para Machu Picchu, no Peru, com a cronista Martha Medeiros. “Um Lugar na Janela” conta as melhores lembranças e as grandes roubadas, ainda em tempos pré-internet, das aventuras da autora, que compartilha as mais afetuosas memórias de viagens feitas em várias épocas da vida: ainda jovem com as amigas, depois com o marido, as filhas, o namorado, não importa a companhia, vale até mesmo viajar sozinha.

Com o seu estilo pessoal, a autora transmite aquilo que de melhor se leva de uma viagem: as recordações. É como sair sem destino certo num lugar novo: uma mochila pela Europa, uma aventura em Machu Picchu, uma temporada no Chile, poucos dias no Japão. Tudo para depois se reencontrar consigo mesma.

Grande Sertão Veredas
Guimarães Rosa

Nosso terceiro roteiro, nos leva aos cenários de “Grande Sertão Veredas”, romance clássico da literatura brasileira que acontece em Goiás e nos Sertões de Minas Gerais e Bahia. O livro conta as aventuras do ex-jagunço Riobaldo e de seu grande amor: Diadorim.

Publicado em 1956, é uma das mais importantes obras da literatura brasileira. Um clássico do modernista João Guimarães Rosa. Traduzido para muitas línguas, recebeu diversos prêmios, dos quais se destaca o Prêmio Machado de Assis, em 1961.

O mineiro Guimarães Rosa foi médico, diplomata e escritor, sendo também um grande estudioso da cultura popular brasileira. É considerado um dos mais destacados escritores da terceira fase modernista no Brasil.

Mas você vai sozinha?
Gaía Pasarelli  

Uma pergunta que não deveria mais fazer parte de nosso tempo, mas que ainda é feita a mulheres que viajam sozinhas, dá nome ao livro que nos leva a nossa próxima parada: o Texas, nos Estados Unidos.

Em “Mas, você vai sozinha?”, Gaia Passarelli conta com sinceridade e bom humor suas aventuras pelo mundo viajando só. O livro fala sobre viajar e voltar para casa. Acima de tudo, sobre ser mulher e ser livre para viajar sem companhia, sem medo e sem preconceito. 

São histórias interessantes como ser consolada por um xamã andino, molhar os pés nas águas do mar do extremo sul da Índia e dormir debaixo de uma mesa de bar no Texas. 

Apostas encerradas
Flavio Menna Barreto

A nossa próxima parada é um velho conhecido: o prédio do Sesc Quitandinha, em Petrópolis. 

Em fevereiro de 1944, Petrópolis inaugurou o Quitandinha hotel-cassino, o maior da América Latina. A história narra desde o glamour da primeira festa para dois mil convidados. Um grande acontecimento que mostrava luxo e requinte para fascínio de todos. Quatro grandes bailes, com a participação de artistas consagrados, garantiram a animação e sucesso da noite de abertura.

A indústria do jogo, do lazer e do turismo teve uma vida muito intensa e ao mesmo tempo, curta. Em abril de 1946, o então Presidente da República, Eurico Gaspar Dutra, assina decreto proibindo o jogo no Brasil. 

Foi o fim da emoção no giro das roletas e do financiamento daquela estrutura colossal. 

Na natureza selvagem
Jon Krakauer

O nosso próximo destino é cruzar os Estados Unidos da América rumo ao Alasca em “Na Natureza Selvagem”.

O livro traz uma história real de um jovem de família rica do Leste americano, que largou tudo, se internou sozinho na aridez gelada e morreu de inanição, a polícia começa uma grande investigação. 

Jon Krakauer refaz a trajetória de Chris McCandless, revelando a América dos que vivem à margem da estrada, pegando carona ou circulando em carros velhos, vivendo em acampamentos e cidades-fantasmas. Um mundo rural e de homens rudes. Uma história de jovens aventureiros e muito solitários que, de alguma forma também tiveram um fim trágico. A narrativa envolvente se torna vezes amarga. Sonhos da juventude se transformam em pesadelo.

Comer, rezar e amar
Elizabeth Gilbert

Nossos destinos aqui são três: Itália, Índia e Indonésia, numa deliciosa jornada de autoconhecimento da autora, Elizabeth Gilbert. 

Aos 30 anos, pensando em ter filhos, ela sente uma grande frustração ao ver o seu ideal de vida desabar. Um casamento que ela pensava perfeito, uma carreira promissora e uma casa linda não eram suficientes para se sentir feliz. Esse foi o início de uma série de acontecimentos.

Divórcio, depressão e outro amor também fracassado foram o ponto de partida de sua vida nova. Elizabeth se desfez de todos os bens materiais, saiu do trabalho e começou viagem de um ano pelo mundo. Decidiu o roteiro de acordo com o tipo de cultura que considerava interessante: Itália, Índia e Indonésia. O corpo, a alma e o sonhado equilíbrio.

Essa história, contada com humor e ironia, virou um best-seller. Mostra como é importante assumir a responsabilidade de si mesmo, ter as rédeas da própria vida e correr atrás da sua paz e bem-estar, independente do que a sociedade espera. 

Nas águas do Rio Negro
Dráuzio Varella 

Que tal se perder pela Floresta Amazônica e se deparar com belas figuras da nossa cultura popular? Em “Nas Águas do Rio Negro”, de Dráuzio Varella, um médico sai em uma expedição no rio Negro e se perde na floresta. A situação dá início a aventuras surpreendentes que incluem seres míticos do nosso folclore, como o curupira, a mula sem cabeça e o boto cor-de-rosa.

Lá no meu quintal
Gabriela Romeu, Marlene Peret, Samuel Macedo e Kammal João  

O nosso penúltimo roteiro passa por redescobrir o Brasil através de crianças e seus quintais no livro “Lá no meu Quintal”, de Gabriela Romeu, Marlene Peret, Samuel Macedo e Kammal João. 

 Utilizando o brincar, os autores redescobrem o Brasil, conhecendo e interagindo com as crianças nas beiradas de rios, nos grandes centros urbanos, de comunidades quilombolas e povos indígenas. 

Os registros dessa longa viagem que se iniciou em 2011, em textos, vídeos e fotos estão reunidos neste livro. As crianças em seus quintais em fotos fiéis à narrativa de momentos marcantes da história. As brincadeiras mudam de nome, mas, em suas diferentes versões, compõem a linguagem universal do brincar. O grande saber infantil.

A volta ao mundo em 80 dias
Jules Verne

E para quem quer mais é ganhar o mundo, a nossa dica é conhecer a jornada de Phileas Fogg e seu assistente, Passepartout, em “A Volta ao Mundo em 80 Dias”.

O francês Jules Vernes lançou esse livro de romance e aventura em 1873. 

Ao sentir-se desafiado por seus companheiros de clube, o inglês Phileas Fogg aposta que é capaz de dar a volta ao mundo em apenas 80 dias, arriscando todo o seu dinheiro. Misterioso, calado e metódico, Fogg inicia a viagem no mesmo dia, levando consigo apenas Jean Passepartout e uma bolsa.

A volta ao mundo em 80 dias é uma incrível aventura pelos mais diversos locais, culturas e situações. De Londres a Yokohama e de lá para Nova York, passando por Bombaim, Hong Kong, São Francisco e outras cidades, em barcos, trens, elefante e trenó a vela, Verne leva a dupla a se juntar com o inspetor Fix e a charmosa Ms. Alda.  Novas experiências os esperam com enfrentar tempestades marítimas, fanáticos religiosos, sabotagens e ataques de índios e de lobos famintos.

Quer mais dicas para amenizar o tédio provocado pelo isolamento social? Clique aqui e acompanhe em nossas notícias de Cultura dicas de filmes, livros e outros passeios que podem ser feitos diretamente do conforto do seu lar!

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