Sesc RJ Pulsar: MANOEL ENCONTRA GETÚLIO

Inúmeros artistas colecionaram fragmentos de coisas aparentemente sem valor, recriaram uma miríade de formas utilizando materiais abandonados e descartados pela sociedade de consumo. De Picasso a Annette Messager, passando por Miro, que possuía um amor quase franciscano pelas coisas, e por Dubuffet, que toma o partido da matéria para nela perceber infinitas possibilidades. A lista de artistas voltados a expressar novas significações ou a alma de coisas relegadas à indignidade do descartável é longa e diversificada. A essa lista de artistas podemos acrescentar Getúlio Damado e a poesia de Manoel de Barros. Com trajetórias que se assemelham na busca transformação daquilo que é considerado desimportante, seus trabalhos dialogam intimamente, e conduzem o olhar e o imaginário do observador para encontros inusitados com o peculiar território poético criado pelos artistas. É valioso perceber que esse trabalho, além de capturar nossos sentidos, também resgatou algo indecifrável de nós mesmos: as memórias da infância como um território de liberdade e criatividade. Estamos apresentando um repertório que carrega consigo todo um acervo cultural que é nosso, no qual existe um sentimento de pertencimento. Para Getúlio, formar é o mesmo que transformar. Seu trabalho desperta no espectador o respeito pela matéria, a mudança das nossas percepções, pensamentos e valores. Uma avaliação interna sobre a cultura do desperdício através de uma experiência impactante, lúdica, poética e, ao mesmo tempo, crítica.

Unidades

Sesc Três Rios

Domingo, Terça, Quarta, Quinta, Sexta e Sábado | Gratuito

Terça a sexta de 10h às 18h e sábados, domingos e feriados de 9h às 18h.

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