arte em cena
Crédito: Divulgação

Arte em Cena – Audionovelas em comemoração aos 80 anos das radionovelas

O projeto Arte em Cena apresenta o musical “Atlândida – Uma radionovela”. Lançado nos anos 2000 e ambientado nos bastidores da Atlântida Cinematográfica foi adaptado para audionovela. Sesc RJ aposta no formato que ganhou força na pandemia fazendo a ponte entre a Era de Ouro do rádio e a geração streaming. 

O Sesc RJ estreou nesta quinta-feira (20/5), em suas plataformas digitais (YouTube e Spotify), “Atlântida – Uma radionovela”. Trata-se de uma audionovela em 10 capítulos que revisita as chanchadas produzidas pela Atlântida Cinematográfica. O conteúdo marca duas importantes efemérides: os 80 anos do lançamento da primeira radionovela do Brasil (“Em busca da Felicidade”) e também da fundação da icônica companhia cinematográfica que celebrizou nomes como Grande Otelo, Oscarito, Zezé Macedo, Sonia Mamede, Zé Trindade, Eliana Macedo, Adelaide Chiozzo e Emilinha Borba.

“Atlântida – Uma radionovela” tem com personagens produtores, empresários, atores, roteiristas, diretores, coristas e técnicos que lembram figuras importantes que construíram a base do cinema nacional com seu esforço pioneiro e criatividade. A ideia da produção foi mesclar a antiga tradição do folhetim aos novos formatos de dramaturgia, através de uma comédia de costumes de caráter popular. O roteiro segue a mesma estrutura das comédias musicais da Atlântida Cinematográfica com seus personagens-tipo característicos, que se envolvem em histórias românticas, e também em grandes confusões e mal-entendidos até chegarem à solução do “feliz final”.

A trama começa com a jovem e sonhadora Marly, que chega à cidade do Rio de Janeiro no ano de 1951 vinda do interior para tentar a vida artística na cidade grande, como corista da companhia cinematográfica. A partir daí a ficção ganha outros personagens e contornos de romance, comédia, suspense e crônica policial. Tudo ambientado nos estúdios da Atlântida Cinematográfica, que em setembro de 2021 completaria oito décadas se não tivesse encerrado suas atividades em 1962, após 66 filmes produzidos.

Adaptação do musical de 2000

A produção sonora é uma adaptação do musical “Atlântida – O Reino da Chanchada”, que estreou no Rio de Janeiro em 2000, no Teatro Carlos Gomes. O original é de autoria de Ana Velloso e Vera Novello, que agora estão à frente desse novo projeto, assinando o roteiro adaptado.  Elas também integram o elenco, composto por Carolina Lavigne, Flávia Santana, Edio Nunes, Alan Rocha, Marcelo Morato e Hugo Kert. Ana ainda assina a direção de atores ao lado de Marcelo Melo.

Audionovelas ganham força durante a pandemia

“Atlântida – Uma radionovela” é a quarta audionovela que o Sesc RJ exibe pelo projeto Arte em Cena, no qual a instituição transmite conteúdos artísticos em suas plataformas digitais. As mais recentes – e ainda disponíveis para audição – foram “Um lugar chamado Lugar Nenhum”, de Agatha Duarte, e Fortuneto, de Vinicius Baião. Ano passado, já havia exibido “No lance”, de Wallace Lino.

Trata-se de uma nova linguagem dramática que o Sesc RJ incorporou ao seu portifólio de serviços durante a pandemia da Covid-19. O modelo resgata características das radionovelas, que fizeram sucesso na Era de Ouro do rádio, a partir dos anos 1940, mas com algumas diferenças, que levam em consideração o público consumidor e a plataforma onde são disponibilizadas.

Adaptações aos novos tempos

“As radionovelas da Era de Ouro tinham uma penetração muito grande junto ao público, porque o rádio era o centro das atenções. Hoje, as audionovelas, veiculadas nas mídias digitais, encontram grande concorrência dos outros conteúdos e veículos. Por isso, o formato precisa ser mais ágil, com capítulos mais curtos e disponibilizados todos ao mesmo tempo, para atender ao hábito das ‘maratonas’ que surgiu com as séries de streaming – ao contrário das radionovelas, que traziam episódios diários ou até semanais”, destaca o analista técnico de Artes Cênicas do Sesc RJ, André Gracindo.

Desafios da acessibilidade

Outro desafio que as audionovelas encontram é a acessibilidade, tema que é alvo de estudos e discussões da equipe de Cultura do Sesc RJ no momento. “Estamos estudando tecnologias e materiais de divulgação que alcancem as pessoas com deficiências visuais e lhes permitam acesso pleno aos conteúdos, como as ferramentas de audiodescrição e os sistemas de leitura para cegos e pessoas com baixa visão”, completa Gracindo.

A instituição também estuda alianças com outros parceiros para democratizar o acesso aos conteúdos. Estão nessa lista espaços públicos e privados, além das radioweb e rádios comunitárias.

Serviço:

Projeto Arte em Cena, do Sesc RJ
Audionovelas:
“Atlântida – Uma radionovela”, de Ana Velloso e Vera Novello
“Fortuneto”, de Vinicius Baião
“Um lugar chamado Lugar Nenhum”, de Agatha Duarte
YouTube e Spotify.

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