mulheres na literatura
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Em boa companhia: mulheres na literatura

Por Iara Souto Costa

No dia 8 de março é comemorando o Dia Internacional da Mulher, celebrando as muitas conquistas femininas ao longo dos séculos e trazendo reflexão aos graves problemas enfrentados pelo gênero que ainda persistem em diversos países.

Como um dia ou um mês é pouco para dar luz a essa questão, a equipe de Biblioteca e Literatura do Sesc RJ selecionou alguns materiais que foram criados, produzidos ou falam sobre essa temática e que estão disponíveis gratuitamente na internet:

E-BOOKS

O que é ser feminista no Século XX!? Por que o feminismo é essencial para libertar homens e mulheres? Essas e outras questões estão presentes no ensaio da autora Chimamanda Ngozi Adichie. Sejamos todos feministas é uma adaptação da palestra feita pela autora no TEDx Euston, que conta com mais de 1,5 milhão de visualizações e foi musicada por Beyoncé.

Sobre a autora:

Chimamanda Ngozi Adichie é uma escritora nigeriana. Ela é reconhecida como uma das mais importantes jovens autoras anglófonas de sucesso, atraindo uma nova geração de leitores de literatura africana.

A Edições Câmara traz mais um volume da série Prazer de Ler, a coletânea com as obras de Maria Firmina dos Reis, primeira escritora negra de que se tem notícia em nossa literatura e pioneira na denúncia da opressão a negros e mulheres no Brasil do século XIX. A coletânea inclui o romance Úrsula, seu texto mais publicado, o conto abolicionista A escrava, o indianista Gupeva e a antologia de poesias Cantos à beira-mar, reunidos pela sua inequívoca qualidade literária.

Sobre a autora:

Maria Firmina dos Reis, mulher, negra, educada, maranhense e uma voz da resistência feminina. A força de sua literatura é um convite à reflexão sobre temas como a escravidão, o sexismo e o lugar da mulher na sociedade paternalista e escravocrata da qual foi contemporânea.

Outros jeitos de usar a boca é um livro de poemas sobre a sobrevivência. Sobre a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. O volume – publicado nos EUA como “milk and honey” – é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente. Lida com um tipo diferente de dor. Cura uma mágoa diferente. Outros jeitos de usar a boca transporta o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da vida e encontra uma maneira de tirar delicadeza deles.

Sobre a autora:

Rupi Kaur, poeta, artista plástica e performer canadense nascida na Índia – e que também assina as ilustrações presentes neste volume –, o livro se tornou o maior fenômeno do gênero nos últimos anos nos Estados Unidos, com mais de 1 milhão de exemplares vendidos.

A impressionante história de uma jovem, uma crise internacional e o triunfo do espírito humano.

À deriva no mar gelado, sem terra à vista — apenas destroços do naufrágio da embarcação e cadáveres flutuando a sua volta —, a jovem de 19 anos Doaa Al Zamel flutua com uma pequena boia inflável na cintura e segura duas crianças pequenas junto ao corpo. As crianças foram confiadas aos braços de Doaa pelos parentes que se afogavam, todos refugiados a bordo de um barco perigosamente superlotado com destino à Suécia e a uma nova vida. Durante dias, Doaa flutua, reza e canta para as crianças. Deve continuar viva por elas. Não deve perder a esperança.

Neste trecho gratuito, conheça Ela disse, o livro que mostra como duas jornalistas conquistaram a confiança de dezenas de mulheres, expuseram os casos de assédio de Harvey Weinstein e deram um dos maiores furos jornalísticos da década em uma reportagem que alçou o movimento #MeToo à escala global.

Sobre a autora:

Jodi Kantor e Megan Twohey, são jornalistas do New York Times, responsáveis pela reportagem bombástica, que mudaria para sempre o debate sobre assédio e abuso sexual.

Você sabe quem foi a primeira mulher eleita deputada federal? Sabia que já existiu um Partido Republicano Feminino? E qual foi o estado brasileiro a autorizar o primeiro voto feminino?
Esses e outros fatos e curiosidades da história da luta pelos direitos políticos femininos no Brasil são contados neste livro em linguagem acessível e descontraída pela historiadora e professora Teresa Cristina Novaes.

Era uma vez um clube da luta — mas sem a luta e sem os homens. Todos os meses, as mulheres se reuniam no apartamento de uma das amigas para desabafar sobre frustrações envolvendo machismo no trabalho e compartilhavam dicas de como enfrentá-las da melhor maneira possível. Tempos atrás, tais encontros eram conhecidos como “grupos de conscientização”. Mas os problemas do mundo corporativo de hoje são mais sutis, menos evidentes e mais difíceis de provar do que aqueles enfrentados por nossas ancestrais. Essas mulheres não estavam lá apenas para desabafar. Elas precisavam de táticas de batalha. E assim nasceu o Clube da Luta Feminista.

Sobre a autora:

Jessica Bennett é jornalista e reúne histórias pessoais de seu clube da luta da vida real e acrescenta pesquisas, estatísticas e conselhos empoderados de como combater e sobreviver ao machismo.

Não há como pensar em uma sociedade Justa sem olhar para o outro, para o outro e seu entorno, para o outro e sua condição. Este é um livro sobre o outro, os outros, nós todos e como vivemos. Os estudos aqui apresentados problematizam as condições da existência em situação de vulnerabilidade e defendem, através da afirmação, garantia e concretização dos direitos humanos fundamentais, o reconhecimento desses grupos. Nesse percurso, o acúmulo das terias feministas, bem como dos estudos de gênero são muito benvindos porque permitem sair do lugar tradicional do Direito e avançar em um reflexão muito menos linear, mais muito mais colorida, complexa e cheia de possibilidades.

Os estudos de gênero e o acúmulo herdados das diferentes perspectivas da teoria feminista permitem não só pensar nas condições em que vivem as mulheres, em especial no Brasil, mas antes, nos fazem refletir sobre a sociedade que estamos construindo e como naturalizamos papéis, especialmente os de gênero.

Conheça a história da menina que não desistiu do seu sonho de estudar. Malala Yousafzai quase perdeu a vida por querer ir para a escola. Ela nasceu no vale do Swat, no Paquistão, uma região de extraordinária beleza, cobiçada no passado por conquistadores como Gengis Khan e Alexandre, o Grande, e protegida pelos bravos guerreiros pashtuns – os povos das montanhas. Foi habitada por reis e rainhas, príncipes e princesas, como nos contos de fadas. Malala cresceu entre os corredores da escola de seu pai, Ziauddin Yousafzai, e era uma das primeiras alunas da classe.

Quando tinha dez anos viu sua cidade ser controlada por um grupo extremista chamado Talibã. Armados, eles vigiavam o vale noite e dia, e impuseram muitas regras. Proibiram a música e a dança, baniram as mulheres das ruas e determinaram que somente os meninos poderiam estudar. Mas Malala foi ensinada desde pequena a defender aquilo em que acreditava e lutou pelo direito de continuar estudando. Ela fez das palavras sua arma. Em 9 de outubro de 2012, quando voltava de ônibus da escola, sofreu um atentado a tiro. Poucos acreditaram que ela sobreviveria.

Sobre a autora:

Adriana Carranca é escritora e jornalista brasileira. A repórter traz suas percepções sobre o vale do Swat, a história da região e a definição dos termos mais importantes para entender a vida desta menina tão corajosa.

PODCAST

O Mulheres que Escrevem é um podcast com programas quinzenais de leitura e debates de literatura oriundos da iniciativa de mesmo nome, que realiza curadoria, divulgação e edição de conteúdo produzido por mulheres desde 2015. O programa é desenvolvido por Seane Melo, Estela Rosa, Natasha Silva e Taís Bravo. E está disponível em todas as plataformas para podcast.

Um podcast de contos de fadas sobre as mulheres extraordinárias que nos inspiram. Em parceria com Bradesco, “Histórias de Ninar para Garotas Rebeldes” é baseado no best-seller escrito por Elena Favilli e Francesca Cavallo, inspirando milhões de garotas a sonhar grande, mirar distante e lutar com bravura.

A série Grifo Nosso tem a intenção de fortalecer a luta e resistência em tempos de isolamento social: trechos de literatura, artigos, poesia, e o que for de bonito que torne mais fácil a missão de não perder ternura. Estes são trechos do livro “Que tempos são estes?”, da poeta, professora e escritora feminista Adrienne Rich.

ENTREVISTAS COM ESCRITORAS

  • Angélica Freitas

Angélica freitas (pelotas, 1973) é autora dos livros de poemas Rilke shake e um útero é do tamanho de um punho, e da graphic novel guadalupe. Ministra laboratórios poéticos por todo o Brasil. Em entrevista ao estratégias narrativas, ela fala de sua formação como escritora, suas influências e a alegria da escrita.

Angélica Freitas, as influências e as alegrias da escrita

Angélica Freitas, suas publicações e o feminismo

  • Ana Paula Maia

Bate-papo com a Ana Paula Maia, nascida no Rio de Janeiro, é autora de sete romances, entre eles Carvão animalDe gado e homens e Assim na terra como embaixo da terra. Tem contos publicados em diversas antologias, entre elas 25 Mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira (Record, 2004) e Sex´n´Bossa (Mondadori, Itália, 2005).

Segundas Intenções com Ana Paula Maia

Informação importante: parte dos e-books indicados no site da Amazon estão disponíveis gratuitamente por tempo determinado. Aproveite para conhecer outras obras disponíveis clicando aqui.

Boa leitura e até a próxima semana!

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