cena musical do Rio de Janeiro

Novos sons: descubra a nova cena musical do Rio de Janeiro sem sair de casa!

Por Cleide Fonte

O isolamento social que nos foi imposto pode ser utilizado para ampliar nossos horizontes seja espiritual, científico ou cultural. Nossa proposta aqui é que você conheça as apostas do Sesc RJ; artistas independentes e periféricos que se apresentaram na programação da unidade no último ano e que você poderá ouvir nos links abaixo.

Através do mapeamento realizado, chegamos aos trabalhos autorais de Micah, Dossel, Jonathan Ferr e Luciane Dom. Guarde esses nomes, você ainda ouvirá falar muito deles!

Além do show, o intercâmbio entre artistas e debates acontece de forma natural, fomentando a cena e a interlocução com o público. Em homenagem ao dia Mundial do Rock, o Sesc RJ proporcionou ainda o encontro das cantoras Micah e Letrux.

Micah

Carioca, a cantora e compositora Micah fez sua estreia no circuito independente em 2018, com o EP Plantas no Fundo do Aquário, em parceria com o músico e compositor Leonardo Alves. O trabalho rendeu diversos shows, além dos clipes Noite e Roland Garros. Confira abaixo:

Primeiro semestre de 2019, começou o processo criativo de composição de suas próprias canções, e no dia 12 de julho lançou Gigantesco em Mim, single que contou com a participação especial da cantora, compositora e multiartista, Letícia Novaes (Letrux) em uma performance no Sesc Engenho de Dentro, gerando o registro ao vivo. Confira esse emocionante encontro:

Seu segundo EP, Período Fértil, foi produzido na FluxRoom e lançado em dezembro do mesmo ano. Criado a partir de experiências próprias e de outras mulheres, é definido pela artista como um trabalho sentimental, que busca ilustrar o amor, angustias, desejos, frustrações e medos íntimos/pessoais, além da sexualidade feminina.

“Acompanho o trabalho da Letícia (Letrux) desde 2011, e sem dúvidas é minha maior referência na música contemporânea brasileira. Ter a oportunidade de dividir palco com ela e compartilhar uma de minhas canções foi um grande marco na minha carreira, além da realização de um sonho.”, conta Micah. Ouça a entrevista da cantora sobre o show no Sesc Engenho de Dentro.

Dossel | Ouvindo vozes 

Um olhar sensível sobre a natureza e as relações humanas em diferentes contextos: Ouvindo Vozes é o álbum de estreia do compositor Roberto Barrucho em seu projeto DOSSEL. Ao longo de nove faixas, o artista propõe uma audição imersiva, guiada por diversas referências da música brasileira de ontem e de hoje e pelos vocais de cantores parceiros – daí uma das interpretações para o título da obra.  O álbum teve seu lançamento em 30 de agosto de 2019 no Sesc Engenho de Dentro.  Confira:

Articulador cultural e figura de grande presença no cenário carioca, o produtor convocou no disco as vozes de Lucas Vasconcellos, Fernanda Vianna, Maria Bonita, Carolina Turboli e Lizandra da Silva. Regendo os intérpretes junto de sua própria voz ao longo de suas composições e arranjos, Barrucho assume o protagonista e sua total autoralidade, após somar experiências em trabalhos de outros artistas.

Antes de atuar sob alcunha DOSSEL, seus trabalhos mais conhecidos como compositor foram ao lado de Marcela Vale (Mahmundi), com quem e apresenta mais de 10 canções em parceria, e ganhou, em 2013, o Prêmio Multishow na categoria “Novo Hit”, com Calor do Amor. Ouça a entrevista de Roberto Barrucho sobre o show no Sesc Engenho de Dentro.

Luciane Dom

Luciane Dom faz parte da nova geração de artistas que representam a música brasileira.  Recentemente, lançou um videoclipe gravado em NYC onde fala sobre relacionamento abusivo.  Confira:

A perspectiva crítica de Luciane a levou por palcos no Brasil, Estados Unidos e Chile. A artista já cantou com Luedji luna, Vox Sambou, Liniker, Jesuton, dividiu o palco com Anelis assumpção, Xênia França, gravou com Rubel, passou por diversos palcos importantes, como Circo voador, Fundição Progresso, Casa Natura Musical, fez duas turnês pelos estados unidos. Define seu estilo musical como música brasileira com reggae, candomblé e sua visão moderna do jazz.

Se apresentou no Sesc Engenho de Dentro em 28 de novembro de 2019, comemorando um ano do lançamento do disco Liberte esse banzo – Libertar o banzo é quilombo, é dança, é rua: é se colocar no mundo, ser parte, ser presença.  Composto por músicas da cantora e releituras, a artista retoma a ancestralidade como tema de partida, culminando na diáspora africana, na mistura de linguagens, ritmos e poesia, e definitivamente, não há quem fique parado ou quem não saia revigorado. Para este show, foram convidados o rapper Ramonzin e também a cantora londrina Folakemi. Conheça o trabalho da artista em  http://smarturl.it/LucianeDomSome

Ouça a entrevista de Luciane Dom sobre o show no Sesc Engenho de Dentro.

Jonathan Ferr

Alinhado ao jazz moderno, o pianista carioca Jonathan Ferr explora as fronteiras do gênero com o broken beat e outros estilos eletrônicos, e faz a ligação da música com política e espiritualidade, seguindo a trilha de músicos norte-americanos como Alice Coltrane, John Coltrane e Sun Ra.

Ferr é um representante brasileiro do afrofuturismo, movimento que mescla tradições africanas com ficção científica e fantasia para rever o passado negro e criar novas narrativas. Sun Ra foi pioneiro dessa vertente, atualmente explorada por artistas contemporâneos, como os também norte-americanos Flying Lotus e Thundercat.

O músico carioca chama de urban jazz o resultado dessas experimentações, que podem incluir, por exemplo, o vocoder, instrumento que faz com que os timbres da voz soem robóticos. O uso desse recurso pode ser conferido na faixa “Luv is the Way”, parceria com Donatinho, que aparece no seu primeiro álbum de estúdio, “Trilogia do Amor”, lançado em 2019. Se apresentou no Sesc Engenho de Dentro como parte da programação em homenagem ao mês da consciência negra e contou com a participação especial da cantora pernambucana Doralyce em 20 de novembro de 2019.

A experiência em se apresentar no palco do Sesc na Zona Norte é emocionante:

“Para mim foi uma alegria tocar no Sesc Engenho de Dentro, pela representatividade que a instituição tem na região. É um equipamento cultural importante na Zona Norte, onde tive o privilégio de ver a casa cheia, reafirmando meu compromisso de democratizar o jazz, uma música que é tão empoderadora e tão negra”  Logo, no mês da consciência negra, fazer um show, para uma plateia majoritariamente negra e muitos destes periféricos, dá muito sentido à minha caminhada. “Para mim me interessa muito mais conectar pessoas do que somente entretê-las, pois o entretenimento passa e a conexão permanece”, afirma o artista Jonathan Fer. Ouça a entrevista de Jonathan Ferr sobre o show no Sesc Engenho de Dentro.

Confira o trabalho do artista:

 

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