Por Marcello Bogo

Você já conhece o canal do Sesc no Spotify? Organizamos várias playlists com dicas de rock, samba, pop, choro e muito mais! E vamos contar um pouco sobre nossas escolhas.

Montar uma playlist interessante e com conteúdo instigante é uma tarefa que requer dedicação na escolha das músicas que serão utilizadas: uma série de pequenos e importantíssimos detalhes fará a diferença para quem for escutar. Falaremos agora desses detalhes, formatos, plataformas e por fim, no resultado que alcançarão junto ao público desejado.

Todos nós podemos fazer nossas próprias playlists, mas sempre é interessante escutar novas listas de músicas disponibilizadas pelas plataformas durante nossas navegações. Assim como procurar o que personalidades, músicos, empresas, grupos, coletivos e programas estão escutando e conhecer novas músicas, tendências e demais novidades da cena musical nacional e internacional.

Um exemplo de profissional que normalmente já tem experiência em pensar playlists e desenvolver ideias a partir de repertórios, é o DJ. Como já bem cantavam os Titãs – “desde os primórdios até hoje em dia” – os principais requisitos de um DJ são sua pesquisa musical, conceito e uma técnica na hora de apresentar seu trabalho prévio ao vivo. Mas o assunto aqui não é a técnica de mixagem ou a leitura da pista que esse profissional tem, mas sim seus conhecimentos históricos, musicais (englobando diversos detalhes como: estilos, tendências, produtores musicais e artísticos, músicos, selos, gravadoras, distribuidoras, isso para citar os mais importantes).

E como esse profissional conjuga todas essas informações e traduz em playlists interessantes, diferenciadas e que certamente despertarão algo em quem as escutar? É necessário que estas listas musicais partam de um conceito, um mote, título ou assunto que possa conduzir o público a uma experiência realmente diferente do que poderia ouvir em qualquer lugar, aleatoriamente. Com um repertório elaborado e pensado previamente, é possível criar uma sequência onde cada música tenha uma “deixa” para a próxima, trabalhando com grande diversidade de possibilidades e usando os conhecimentos sobre os temas, artistas e repertórios escolhidos. As possibilidades são infinitas. Basta criatividade, pesquisa e saber para quem se quer direcionar sua Playlist.

Para termos ideia do poder de uma boa Playlist, basta entrar em estabelecimentos comerciais como lojas de roupas e departamentos para notar que existem Playlists específicas em cada uma delas. E mais, as Playlists mudam de acordo com horários e dias da semana, pois cada um desses estabelecimentos, conhece o perfil social e etário do seu público. Através dessa pesquisa, esses estabelecimentos criam “climas” que favorecem o bem-estar das pessoas e assim estimular as vendas. Consultórios médicos também são exemplos de estabelecimentos que trabalham com a música e um conceito de relaxar e acalmar os pacientes. Se aprofundarmos notamos que muito do que falamos se reflete nas ações realizadas na Musicoterapia, que baseada em evidências científicas trabalham com a matéria Música na busca do bem-estar do indivíduo, de acordo com contextos culturais, sociais e políticos.

Seja qual for o motivo, uma boa pesquisa sobre o repertório desejado e o entendimento de para quem direcionar seu repertório, são os pontos principais para uma ótima Playlist.

Bora montar uma!

Escute as Playlists do Sesc RJ e crie as suas também!