Cinema no Sesc

A terceira idade representada no cinema

Nesta semana, as indicações de filmes apresentam a terceira idade representada no cinema, e estão diretamente ligadas à ação Caminhada Virtual. A jornada de descobertas sobre os diversos tipos de velhices existentes através das redes sociais e o mundo online, acontece de forma compartilhada e colaborativa.

A Caminhada Virtual está associada ao projeto Caminhada Sesc em Defesa da Pessoa Idosa, que une todas as áreas programáticas da instituição com o objetivo de promover qualidade de vida, o protagonismo e a valorização dos idosos perante a sociedade. Após dois anos de realização na Praia de Copacabana com mais de 50 mil pessoas participantes, em 2020 adaptamos a nova realidade mundial e apresentamos a Caminhada em seu formato virtual. Fiquem atentos ao site e às redes sociais do Sesc RJ para maiores informações sobre as atividades.

Voltando ao cinema, há uma quantidade expressiva de filmes realizados por idosos – sejam eles cineastas que envelheceram ao longo de seu próprio ofício ou mesmo pessoas que foram iniciar suas carreiras já com o avançar da idade. Há também uma tradição de filmes, no mundo inteiro, que trazem personagens na terceira idade para o centro de suas histórias. Hoje, apresentamos quatro desses filmes que contam com protagonistas idosos em suas narrativas, disponíveis em plataformas de streaming para que todos possam assistir com segurança em suas casas. Aproveitem as dicas e tenham uma ótima sessão!

Olhos de ressaca (2009)
Este curta-metragem de 20 minutos foi feito pela Petra Costa, diretora de documentários como “Elena” e “Democracia em vertigem”, e traz um olhar afetuoso para a história de Vera e Gabriel, que estão casados há sessenta anos. Os personagens refletem sobre o seu próprio passado e a experiência contínua que é o envelhecer. A cineasta utiliza muito as imagens de arquivo que tem à sua disposição, mas não deixa de fazer novas imagens, relacionando todo o material com muita fluidez, na tentativa de criar um universo onírico e repleto de sensações. Amor e morte são temas colocados no centro do debate de “Olhos de ressaca”. Disponível gratuitamente no Porta Curtas.

Varda por Agnès (2019)
Neste filme, uma das maiores diretoras da história do cinema reflete sobre a sua própria trajetória artística. Agnès Varda dedicou 64 anos de sua vida ao cinema e se tornou uma figura importante não apenas no meio cinematográfica, mas também para a luta feminista como um todo. Seu cinema não pode ser definido com palavras rasas ou adjetivos banais: sua extensa carreira compreende filmes dos mais variados temas, estilos e gêneros. Ela contribuiu para um novo pensamento cinematográfico a partir da década de 1950 e seus primeiros filmes ajudaram a construir o que seria chamado pelo mundo de Nouvelle Vague, a “nova onda francesa”. “La Pointe-Courte” (1955) e “Cléo das 5 às 7” (1962) são exemplos marcantes desses primeiros passos. “Varda por Agnès” é o seu último filme, lançado pouco depois de sua morte, um documentário subjetivo e minucioso sobre o seu processo criativo ao longo de todos esses anos. Disponível no  Telecine Play.

45 anos (2015)
A atriz Charlotte Rampling interpreta Kate, uma mulher que planeja com afinco a sua festa de 45 anos de casamento, a ser realizada dali a uma semana. Nesse meio tempo, Geoff, seu marido, interpretado por Tom Courtenay, descobre que o corpo de sua ex-namorada, seu primeiro amor, foi encontrado congelado nas geleiras dos Alpes suíços. O diretor Andrew Haigh se interessa pelo interior da personagem principal e constrói todo o seu filme com base em suas emoções internalizadas, provocando uma reflexão sobre os diversos aspectos da vida de Kate. Nesse aspecto, a obra tem o potencial para dialogar com a vida de muitas pessoas, por mais que esteja retratando uma história tão específica. Afinal de contas, os sentimentos e os fantasmas retratados nessa história, em última instância, não são exatamente exclusivos da protagonista de “45 anos”. Disponível no Globoplay.

Up – altas aventuras (2009)
Pode ser que você já tenha assistido, mas este é o típico filme que rever também pode trazer boas e novas reflexões – além das gargalhadas e das  lágrimas, claro. Dirigido por Pete Docter para os estúdios da Pixar, “Up – altas aventuras” conta a história de Carl Fredricksen, um homem de 78 anos de idade que sempre sonhou em explorar o mundo e em viver ao máximo as oportunidades que a vida pode trazer. Ele então resolve embarcar em uma aventura, equipando a sua casa com balões que a permitem voar. A animação ainda guarda uma surpresa para Carl e também para o espectador: a presença do jovem Russell, de 8 anos, que insiste em fazer essa grande viagem conosco, provocando o conflito cômico e dramático que move a trama adiante. As crianças são muito bem-vindas nesta sessão. Disponível no Claro Video e no Globoplay.

 

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