
FLUP: 10 livros de Não-Ficção da Feira que você encontra nas bibliotecas do Sesc RJ
A nossa equipe de Literatura selecionou 10 livros de não-ficção que estão em debate na FLUP para você pegar nas nossas bibliotecas.
A FLUP – Feira Literária das Periférias está ocupando o Museu de Arte do Rio e o Museu da História e Cultura Africana até o dia 18 de fevereiro com a temática “100 anos de modernismo negro”. A literatura negra é a grande motivação desse encontro. Você sabia que pode encontrar uma série de títulos relacionados à cultura negra nas nossas biblotecas?
Veja aqui alguns livros de não-ficção, que você pode agendar e retirar na unidade mais próxima:
Escritos de uma vida, de Suely Carneiro e Djamila Ribeiro (Editora Jandaíra)
Apresenta coletânea de artigos publicados ao longo da vida de Sueli Carneiro e que refletem sobre a necessidade de se pensar novos marcos civilizatórios. Discorre sobre o poder feminino, questões de gênero, raça e ascensão social, discriminação social. movimento negro, religião e cotas raciais.
O GENOCÍDIO DO NEGRO BRASILEIRO – Processo de um racismo Mascarado, de Abdias do Nascimento (São Paulo: Perspectivas)
Militantes e pesquisadores se reuniram para discutir e denunciar a matança dos jovens negros no Brasil e firmarem a resistência da população negra contra o massacre racial
Afro-descendência em cadernos negros e jornal do MNU, de Elisa Larkin Nascimento (Editora Autêntica)
A escolha de uma produção textual que se define como “negra”, como objeto de estudo, evidencia a opção por lidar mais detidamente com uma outra parte da minha formação identitária, o afro, marcada pela cor da pele e pela necessidade de tornar patente a impossibilidade da transparência. Os textos de Sociologia, História, Antropologia, Estudos Culturais, Estudos Pós-coloniais e Black Studies se entrecruzam com debates, reflexões, aulas, seminários, leituras e discursos vários, dos quais me apropriei, atribuindo-lhes valores diferenciados .Uma apropriação que faz adaptações, realça o que se configura pertinente para o estudo dos periódicos, explora as possibilidades de remodelar e trair ou abandonar idéias e conceitos que não s enquadrem nas nuances por mim escolhidas.
PEQUENO MANUAL ANTIRRACISTA, de Djamila Ribeiro (São Paulo: Cia. das Letras)
Neste pequeno manual, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Em onze capítulos curtos e contundentes.
O Que é Racismo?, de Joel Rufino dos Santos (São Paulo: Brasiliense)
“A raça negra tem comportamento psicológico instável e, por isso, não cria civilização.” Alguns tentam provar que as diferenças sociais são determinadas por fatores biológicos. Outros explicam que o racismo surgiu da necessidade de justificar à agressão. Seria verdade? Faria o racismo parte da natureza humana?
O Lendário Pixinguinha, de Sebastião Braga (Editora Muiraquitã)
A obra apresenta raridades sobre um dos maiores músicos brasileiros. Viajando através de suas origens, viagens pelo mundo, sambas, composições e histórias de vida, o autor homenageia Pixinguinha.
O Terreiro e a Cidade, de Muniz Sodré (Editora Mauad)
O livro de Muniz Sodré é um estudo interdisciplinar sobre a cultura negra no Brasil, suas formas de resistência na religião e nos costumes, sua relevância no ‘território’ cultural das classes brancas dominantes. Temas como a festa, a força, a ecologia, o espaço, a música, a posse do espaço, a terra, os costumes são tratados sob vários enfoques – filosófico-histórico, intercultural, lingüístico e sociológico.
Por um feminismo afro-latino-americano, de Lélia González (Editora Zahar)
Com organização de Flavia Rios e Márcia Lima, Por um feminismo afro-latino-americano reúne em um só volume um panorama amplo da obra desta pensadora tão múltipla quanto engajada. São textos produzidos durante um período efervescente que compreende quase duas décadas de história ― de 1979 a 1994 ― e que marca os anseios democráticos do Brasil e de outros países da América Latina e do Caribe. Além dos ensaios já consagrados, fazem parte desse legado artigos de Lélia que saíram na imprensa, entrevistas antológicas, traduções inéditas e escritos dispersos, como a carta endereçada a Chacrinha, o Velho Guerreiro. O livro traz ainda uma introdução crítica e cronologia de vida e obra da autora.
Irreverente, interseccional, decolonial, polifônica, erudita e ao mesmo tempo popular, Lélia Gonzalez transitava da filosofia às ciências sociais, da psicanálise ao samba e aos terreiros de candomblé. Deu voz ao pretuguês, cunhou a categoria de amefricanidade, universalizou-se. Tornou-se um ícone para o feminismo negro.
Axé, Lélia Gonzalez!
Lima Barreto: Triste visionário, de Lilia Moritz Schwarcz (Companhia das Letras)
Durante mais de dez anos, Lilia Moritz Schwarcz mergulhou na obra de Afonso Henriques de Lima Barreto, com seu afiado olhar de antropóloga e historiadora, para realizar um perfil biográfico que abrangesse o corpo, a alma e os livros do escritor de Todos os Santos. Esta, que é a mais completa biografia de Lima Barreto desde o trabalho pioneiro de Francisco de Assis Barbosa, lançado em 1952, resulta da apaixonada intimidade de Schwarcz com o criador de Policarpo Quaresma – e de um olhar aguçado que busca compreender a trajetória do biografado a partir da questão racial, ainda pouco discutida nos trabalhos sobre sua vida. Abarcando a íntegra dos livros e publicações na imprensa, além dos diários e de outros papéis pessoais de Lima Barreto, muitos deles inéditos, a autora equilibra o rigor interpretativo demonstrado em Brasil: Uma biografia e As barbas do imperador com uma rara sensibilidade para as sutilezas que temperam as relações entre contexto biográfico e criação literária.
Escritor militante, como ele mesmo se definia, Lima Barreto professou ideias políticas e sociais à frente de seu tempo, com críticas contundentes ao racismo (que sentiu na própria pele) e outras mazelas crônicas da sociedade brasileira. Generosamente ilustrado com fotografias, manuscritos e outros documentos originais, Lima Barreto: Triste visionário presta um tributo essencial a um dos maiores prosadores da língua portuguesa de todos os tempos, ainda moderno quase um século depois de seu triste fim na pobreza, na doença e no esquecimento.
Dicionário da história social do samba, de Nei Lopes (Civilização Brasileira)
Expressão da cultura marginal carioca do início do século XX, o samba resistiu a décadas de racismo e preconceito estético, e se tornou parte inextricável da identidade nacional brasileira. Nesta obra de referência pioneira, os outores inscrevem o valor da negritude e da história dos negros na criação e na fixação do samba, e a ambígua inserção dessa cultura musical na sociedade de consumo.
Para utilizar os nossos serviços, é preciso fazer um cadastro apresentando carteira de identidade, CPF e comprovante de residência. O acervo pode ser consultado também pela internet, em www.sesc.com.br/bibliotecas.
Acompanhe nossas notícias também em nossas redes (YouTube, Instagram e Facebook) e fique por dentro das novidades do Sesc RJ. #SescRJCultura