IV Seminário Internacional de Mediação Cultural Sesc RJ reflete sobre memória, arte e diversidade
Evento acontece nos dias 11 e 12 de novembro, no auditório da Fecomércio, e reúne convidados do Brasil e do exterior.
Nos dias 11 e 12 de novembro, o Sesc RJ realiza o IV Seminário Internacional de Mediação Cultural, no auditório da Fecomércio RJ, no Flamengo. Em sua quarta edição, o evento convida artistas, pesquisadores, profissionais da cultura e do campo da educação para refletirem sobre o tema “Mediação Cultural — A memória é mais que um simples lembrar”, explorando as múltiplas formas pelas quais a memória se torna um agente ativo entre o individual e o coletivo, entre arte e vida.
Com inscrições abertas de 28 de outubro a 7 de novembro, o seminário propõe dois dias de trocas, debates e experiências, reunindo convidados de diferentes regiões do Brasil e de países da América Latina, que apresentam pesquisas e práticas no campo da mediação cultural, da arte e das políticas públicas de cultura.
A programação se inicia na tarde do dia 11, com a abertura institucional e uma breve apresentação sobre o trabalho de Arte Educação no Sesc RJ. Em seguida, a primeira mesa, “Mediação Cultural e novas perspectivas para a memória”, reúne representantes de importantes instituições, com a participação de Lucas Lara, Diretor de museologia do Museu da Pessoa (SP), Silvana Marcelina dos Santos, Organizadora e pesquisadora do Arquivo Januário Garcia no Instituto Moreira Salles (RJ) e Alan Trampe, Diretor Nacional Adjunto de Museus do Serviço Nacional do Patrimônio Cultural do Ibermuseus (Chile) para discutir como museus e espaços culturais atuam na construção de memórias mais plurais e inclusivas, contribuindo para o enfrentamento de apagamentos históricos e desigualdades estruturais.
No mesmo dia, a segunda mesa “Experiências artísticas contemporâneas e a memória como disparador de novas narrativas” traz artistas que têm a memória como matéria criativa. O artista visual e muralista Cazé, o artista e fotógrafo indígena Edgar Xakriabá e a artista visual Aline Motta discutem, sob mediação da curadora Carolina Rodrigues, como a arte contemporânea contribui para recontar histórias e produzir novas representações.
O segundo dia de evento, 12 de novembro, começa com a mesa “Mediação cultural, memórias coletivas e novas dinâmicas entre arte e vida”, que destaca práticas de mediação cultural capazes de articular diferentes saberes e territórios. Participam Jessica Gogan (Instituto MESA – RJ), Jandir Jr. (Museu Bispo do Rosário – RJ) e Izabela Pucu (curadora e pesquisadora), com mediação de Wesley Ribeiro, analista de Artes Visuais do Sesc RJ.
Encerrando o seminário, a última mesa “Arte nos contextos das políticas culturais e da memória” propõe uma reflexão sobre o papel da arte na formulação das políticas culturais. A conversa reúne nomes como Lia Calabre (Fundação Casa de Rui Barbosa – RJ), Rosa da Silva Sousa (Museu Indígena Pitaguary – CE) e Roberta Guimarães (UFRJ – RJ), em um diálogo mediado por Felipe Capello, analista de Artes Visuais do Sesc RJ.
Mais do que um espaço de formação e debate, o IV Seminário Internacional de Mediação Cultural Sesc RJ reafirma a importância da mediação cultural como campo de pesquisa e prática viva, em permanente diálogo com a sociedade, a arte e os direitos culturais.
SERVIÇO:
IV Seminário Internacional de Mediação Cultural Sesc RJ
11 e 12 de novembro
Local: Auditório da Fecomércio RJ (Rua Marquês de Abrantes, 99 – Flamengo)
INSCRIÇÃO: de 28/10 a 7/11 em forms.cloud.microsoft
PROGRAMAÇÃO:
11 de novembro de 2025
Abertura do espaço: 13h.
Credenciamento presencial dos participantes.
Abertura Institucional: 14h às 14h15
Apresentação e boas-vindas dos representantes da instituição.
Mediação Cultural e Arte Educação no Sesc RJ: 14h15 às 14h30
Apresentação Institucional sobre o trabalho de Arte Educação no Sesc RJ.
Felipe Capello – Sesc RJ
14h30 às 17h
Mesa 1: Mediação Cultural e novas perspectivas para a memória.
Trocas de experiências realizadas por instituições nacionais e internacionais para pensar como os museus, através de suas programações, exposições e acervos, atuam como uma ferramenta crítica e transformadora na construção de memórias mais plurais e inclusivas, contribuindo para o enfrentamento dos apagamentos, das desigualdades estruturais presentes no campo da cultura e da memória.
Palestrantes:
Lucas Lara (Museu da Pessoa – SP)
Historiador pela USP e Mestre em História Social pela mesma instituição. É gestor cultural pelo Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP. Diretor de Museologia do Museu da Pessoa. Dedica-se a pesquisas em Gestão Cultural, História Oral, Museologia Social e Museus Virtuais.
Silvana Marcelina dos Santos (IMS – RJ)
Graduada e mestra em Serviço Social pela UFRJ, especialista em Linguagens Artísticas, Cultura e Educação pelo IFRJ, bacharel e licencianda em Artes Visuais pela UERJ e doutoranda no Programa de Pós-graduação de Memória Social da Unirio. Trabalha na organização e pesquisa no arquivo do fotógrafo e ativista Januário Garcia.
Alan Trampe Torrejón (Ibermuseus – Chile)
Diretor Nacional Adjunto de Museus do Serviço Nacional do Patrimônio Cultural, órgão do Ministério da Cultura, Artes e Patrimônio do Chile. É formado em Teoria e História da Arte e mestre em Estudos Culturais e Administração. Atua na área de patrimônio e museus há mais de 35 anos.
Mediadora: Priscila Zurita (MAR-RJ)
Museóloga com formação no curso de Bacharelado em Museologia da UNIRIO. Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio da UNIRIO. Pós-Graduação em Biblioteconomia pela Faculdade Única/Instituto Prominas e Doutoranda em Museologia e Patrimônio pela UNIRIO/MAST. Integra a equipe da Gerência de Museologia do Museu de Arte do Rio.
17h às 19h30
Mesa 2: Experiências artísticas contemporâneas e a memória como disparador de novas narrativas.
De que forma práticas artísticas na contemporaneidade têm investigado a memória como elemento central na criação de obras que atuam tanto no resgate de histórias silenciadas quanto na construção de outras narrativas? A partir de diferentes linguagens e contextos, a mesa propõe a participação de artistas e pesquisadores sobre como a arte contemporânea assume um papel ativo e de ferramenta de escuta, denúncia, elaboração e reinvenção de memórias individuais e coletivas.
Palestrantes:
Fernando Sawaya (Artista Visual)
Fernando Sawaya é artista visual. Com a pesquisa sobre Biografias Urbanas e Cotidiano Informal traz a perspectiva da relação entre território e trabalho informal em suas obras.
Edgar Xakriabá (Artista Visual)
Edgar Kanaykõ Xakriabá pertence ao povo indígena Xakriabá do Estado de Minas Gerais. É mestrando em Antropologia pela UFMG. Tem atuação livre na área de Etnofotografia: “um meio de registrar aspecto da cultura – a vida de um povo”.
Aline Mota (Artista Visual)
Artista visual e escritora. Combina diferentes técnicas e práticas artísticas em seu trabalho, como fotografia, vídeo, instalação, performance e colagem. De modo crítico, suas obras reconfiguram memórias, em especial as afro-atlânticas, e constroem novas narrativas que invocam uma ideia não linear do tempo.
Mediadora: Carolina Rodrigues (Curadora)
Historiadora da arte pela UFRJ, mestre em Artes Visuais pela UFRJ e pesquisadora integrante do Núcleo de Antropologia, Patrimônio e Artes. É curadora geral do Museu Bispo do Rosario e articula questões relacionadas às fronteiras do sistema da arte, relações étnico-raciais, territorialidade e gênero.
12 de novembro de 2024
8h30h às 10h
Credenciamento presencial dos participantes.
10h às 12h30
Mesa 3: Mediação cultural, memórias coletivas e novas dinâmicas entre arte e vida
A mesa propõe refletir sobre como a mediação cultural pode contribuir para a construção de memórias coletivas, ampliando os modos de relação entre arte e vida. Serão apresentadas experiências que evidenciam o papel da mediação como prática capaz de articular diferentes saberes, territórios e subjetividades, se afirmando como um espaço potente de criação, escuta e transformação.
Palestrantes:
Jessica Gogan (Instituto MESA – RJ)
Pesquisadora e diretora do Instituto MESA no RJ e editora geral da Revista MESA. Doutora em História da Arte pela Universidade de Pittsburgh. Pesquisa e atua nas interfaces entre arte, clínica e pedagogia, nas possibilidades geradoras das práticas coletivas e nos modos de curadoria além dos modelos expositivos, com interesse especial em publicações como agenciamento potente de encontro, escultura social e conectividade.
Jandir Jr (Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda. – RJ)
Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Contemporâneos das Artes da Universidade Federal Fluminense. Assistente de Educação e Arte no Museu Bispo do Rosario, equipamento cujas práticas visam contribuir com a Luta antimanicomial, a Mediação Cultural e a Reforma Psiquiátrica. Também atua na formação de outros artistas e educadores.
Izabela Pucu (Curadora – RJ)
Curadora, pesquisadora, editora e gestora cultural. Doutora em História e Crítica da Arte pela UFRJ. Coordenadora geral da Plataforma Mario Pedrosa e pesquisadora associada do projeto Amérique Latine no Oficial. Vencedora do Prêmio Jabuti em 2020.
Mediador: Wesley Ribeiro – Sesc RJ.
12h30 às 14h: Almoço.
14h às 16h30
Mesa 4: Arte nos contextos das políticas culturais e da memória.
A mesa propõe uma reflexão sobre o papel da arte na formulação, crítica e implementação de políticas culturais voltadas para a preservação e a reconstrução da memória coletiva. Serão compartilhadas experiências que evidenciam como artistas, gestoras/es e instituições têm atuado na articulação entre criação artística, direitos culturais e processos de memória, especialmente em contextos marcados por desigualdades e apagamentos históricos. A discussão busca destacar o potencial da arte como agente contribuindo para a afirmação de identidades e o fortalecimento das políticas públicas de cultura.
Palestrantes:
Lia Calabre (Fundação Casa de Rui Barbosa – RJ)
Doutora em história pela UFF. Professora do Mestrado Profissional Memória e Acervos da FCRB, do Mestrado Cultura e Territorialidades da UFF, da Universidad de la Nación no Uruguai, da especialização em Cultura e Educação da FLACSO e do MBA em gestão cultural da Associação Brasileira de Gestão Cultural. Chefe do setor de Pesquisa de Políticas Culturais da FCRB. Coordenadora da Cátedra UNESCO de Políticas Culturais e Gestão.
Rosa Pitaguary (Museu Indígena Pitaguary – CE)
Mulher indígena do Povo Pitaguary. É Coordenadora do Museu Indígena Pitaguary, participante da Rede Indígena de Memória e Museologia Social. Tem experiência em projetos sócio-culturais relacionados a tradição e memória indígena. Coordena as ações da Casa de Apoio ao Povo Indígena Pitaguary que realiza atividades sócio-culturais para o povo indígena. Presidenta da Associação das Mulheres Indígenas do Ceará – AMICE.
Roberta Guimarães (IFCS UFRJ – RJ)
Doutora e mestre em Antropologia Cultural pela UFRJ com pós-doutorado no Laboratoire Mondes Américains da EHESS, em Paris. Professora adjunta do Departamento de Antropologia Cultural e do Programa de Pós-Graduação em Etnografia e Crítica Cultural da UFRJ e pesquisadora do CNPq.
Mediador: Felipe Capello – Sesc RJ
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