
Setembro Amarelo: a importância da atenção na prevenção do suicídio
Adriana Santos e Claudia Tona, da equipe de Educação Sesc RJ, falam sobre a campanha Setembro Amarelo e sobre a importância da atenção na prevenção do suicídio.
Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo®. O dia 10/9 é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.
Por trás dos números que crescem a cada ano e preocupam pais, professores e a sociedade como um todo, encontramos trajetórias que chegam ao extremo de dor, levando à interrupção da própria vida. Segundo pesquisas e estudos, trata-se da 2ª maior causa de morte de adolescentes e jovens entre 15 e 29 anos e, infelizmente, esses índices estão incluindo crianças também. Destacamos ainda que situações de maus tratos e de abuso na infância podem deflagrar o suicídio na adolescência ou vida adulta.
Não há como pensar uma infância saudável sem pensar na importância da comunicação não-violenta por parte do adulto, no direito e na necessidade de possibilitar que a criança expresse seus sentimentos e emoções. Estas últimas estão relacionadas aos estímulos que recebemos. É possível perceber, pela mudança comportamental e pela resposta corporal, atitudes de desconforto, medo, melancolia e sinais de depressão, além de outras disfunções mentais. Por isso, a escuta e o diálogo afetuoso são tão vitais. Neste sentido, a família e os amigos podem ser grandes aliados, pois têm chances de identificar ou perceber mudanças mais sutis e contribuir para que o pior seja evitado.
Crises de irritabilidade, insônia, choro, ansiedade, agitação, apatia, recusa à interação, exigem atenção e, em geral, representam pedidos de ajuda. Quer seja por questões que demandam intervenções rápidas ou por causas traumáticas que se somam ao longo dos anos, fica explícito que crianças e adultos precisam de atenção, cuidado e acolhimento.
Existem ações ou atividades ao alcance de todos, que ligam corpo e mente, favorecendo a substituição de situações extremas por relações que tragam segurança e trocas afetivas mais positivas. Desta forma, brincar é, notadamente, uma das maiores alternativas: assegura o desenvolvimento integral, a cooperação, a experimentação de diferentes papéis, a renovação de sentimentos, a criação de objetivos possíveis de alcançar e/ou que apresentem a frustração com possibilidade de transformação. A sensação de que, mesmo perdendo, há a possibilidade de tentar de novo, ou de outra maneira. A certeza de que a vida é uma construção permanente!
A equipe de Educação Sesc RJ preparou um e-book que fala sobre as emoções. Nele, sugerimos dicas e atividades do dia a dia, uma forma de perceber e rever emoções e sentimentos. Para além disso, buscar coisas simples, que tragam satisfação, momentos de descontração e bem-estar, são excelentes estratégias.
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