Palavra Líquida 2025 – Tempo e Festa

A virada do século XX para o atual foi atravessada por uma grande nuvem: de hiperlinks, hipertextos, plataformas multimídias, inteligências e realidades virtuais; disputas narrativas, tensionamento e relativização do pensamento ocidental tão cristalizado deste lado do Atlântico… Abolir as fronteiras – de gênero, linguagens, mas também de mundos e culturas – virou uma condição mínima do pensamento e do fazer artístico contemporâneos.

Essas diferentes travessias moldaram, de certa forma, os rumos das artes e da cultura da primeira década do século XXI. E era preciso dar corpo e língua para esses afetos: assim nasceu o Palavra Líquida, em 2015, um projeto que colocava a palavra como interface dos fazeres artísticos, sociais e culturais, guiado pelo desejo de estar próximo dos bons ventos que viam na palavra a força motriz para a criação visual, musical, literária, cênica e audiovisual, assim como espaço de reflexão, uma geografia dos afetos que tangencia as diversas áreas do saber cultural. Da perspectiva indigenista da primeira edição – passando pelas questões de gênero, os sentidos, os feminismos, a cultura Slam Poetry, o universo do quadrinho, a homenagem a dois grandes nomes importantes da cultura brasileira (Altay Veloso e Caio Fernando Abreu) – até o princípio “Terra e Território” como eixo temático da edição 2024, muitas foram as águas, assuntos e os frutos do projeto, desde o início tocado pela noção de território como eixo de pensamento e articulação, no mesmo compasso mantendo viva a chama do trânsito: entre gêneros, linguagens, unidades e regiões do Rio de Janeiro.

Em 2025, o projeto completa 10 anos. Tempo e Festa. Nas religiões de matrizes Angola-Congo, Tempo é uma divindade (Kitembo/Dembwa), não se confunde com o cronos ocidentalizante. Festa, no idioma quimbundo, é Kizomba: encontro, confraternização, festa do povo.

Tempo e Festa. Do muito que somos e fazemos em torno da palavra. Vem conosco?

Programação especial Palavra Líquida 2025

De 5 a 14 de setembro de 2025 nas unidades Sesc Ramos, Sesc Tijuca, Sesc Copacabana, Sesc Niterói, Sesc São Gonçalo, Sesc São João de Meriti, Sesc Madureira, Sesc Duque de Caxias e Sesc Nova Iguaçu.

Confira a programação completa:

SESC COPACABANA

Sexta, 05 de setembro
15h – Audiovisual / As Pastoras – Vozes Femininas do Samba
Nas escolas de samba as mulheres cantoras são chamadas de Pastoras. Suas vozes dão leveza ao samba. Nos primórdios, as mulheres, ao cantar em coro as composições que mais gostavam, determinavam qual seria o samba vencedor na quadra. Hoje, as Pastoras fazem parte da Velha Guarda e continuam a emprestar suas vozes aos sambas mais tradicionais de suas escolas. No Rio de Janeiro, a Portela foi uma das primeiras escolas de samba a manter viva essa tradição. Neste documentário, vamos conhecer a história das quatro Pastoras da Portela: Tia Surica, Neide Santana, Áurea Maria e Jane Carla.

18h – Conferência de abertura com Tiganá Santana e Yuliana Ortiz Ruano + Show “Tiganá Santana conta suas poéticas” +  Gorila de Saco: cultura popular em diálogo
Abertura das programações artística do Palavra Líquida 2025: 10 anos – “Tempo e Festa” será celebrada com a intervenção de dança “Gorila de Saco: cultura popular em diálogo”, que evoca a potência manifesta desta que é uma marca das brincadeiras de carnaval do subúrbio do Rio de Janeiro, e conferências da escritora equatoriana Yuliana Ortiz Ruano (recentemente publicada no Brasil) e de Tiganá Santana (cantor, escritor, poeta e professor). A parte musical ficará também com Tiganá Santana, que tecerá um encontro entre palavra, som e silêncio. Suas canções, atravessadas por línguas africanas, diásporas e filosofias amefricanas, conduzem o público por um repertório que resiste ao esquecimento e celebra a memória dos povos originários e afro-atlânticos.


Sábado, 06 de setembro
10h – Oficina “Escritas ancestrais” com Mel Duarte
Essa atividade propõe uma troca sobre raça, gênero e território através de autoras latino-americanas com exercícios sensíveis e criativos para expressar, através da palavra escrita, conceitos, ideias e pensamentos que são atravessados por questões que se interseccionam.
Inscrição: https://forms.office.com/r/639LqYpbnb

15h – Literatura / Cinderela do Rio
Mafuane Oliveira com o seu “Chaveiroeiro Mágico”, um instrumento especial que abre as portas de todas as histórias do mundo convida o público para um mergulho nas águas de diferentes tradições culturais mesclando contos populares e autorais. Apresenta narrativas compostas por cantigas e brincadeiras que revelam a beleza e a singularidade de seres encantados do céu, da terra, do mar, das florestas e do viver no Brasil afrobrasileiro. A Cinderela do Rio é a história contada no novo livro de Mafuane Oliveira, inspirada em versões de Cinderela encontradas no nordeste brasileiro. O público se divertirá passeando por paisagens culturais e conhecendo outros ícones regionais: no lugar da fada madrinha temos um peixe encantado, uma rosa mágica, comadres, meninas de nome Maria e um rio que muda o curso da vida.

19h – Literatura / Show Colmeia com Mel Duarte e participação MC Martina e Math Araújo
Neste show, Mel Duarte ao lado do produtor e guitarrista Felipe Parra e do percussionista Buzaka, apresenta canções do seu mais recente trabalho ”Colmeia” (2024) e ”Mormaço – Entre outras formas de calor” (2019). Explorando o formato do spoken word (palavra falada) a artista que é referência nessa área, apresenta suas composições, reforçando o uso da palavra em um contexto musical que permeia ritmos como: Soul, MPB, Funk brasileiro, Trap, Pagodão Baiano entre outros. Para abrilhantar ainda mais a noite, o show conta com a participação da MC Martina e do poeta Math Araújo.


Domingo, 07 de setembro
14h às 15h – Oficina / 7 CAMINOS com O Passo®
Oficina baseada no método O Passo® promove autonomia rítmica e sensibilização musical a partir dos ritmos flamencos apresentados em 7 CAMINOS, reforçando valores como inclusão, diversidade e convivência pacífica. Mais que um espetáculo, 7 CAMINOS é uma experiência de celebração da convivência na diversidade.

19h – Música / 7 CAMINOS – Emiliano Castro com Bukassa Kabengele
7 CAMINOS, de Emiliano Castro, é um espetáculo musical que conecta Brasil, África, América Latina e Espanha, celebrando a diversidade cultural em um diálogo vibrante de sons e movimentos. Inspirado pela vivência multicultural de Emiliano, que teve sua primeira infância em Moçambique, cresceu em São Paulo e viveu na Espanha, o show traz ao palco Isadora Nefussi (baile, palmas, coros e presença flamenca), Camilo Zorrilla (percussão, voz e presença latinoamericana) e Bukassa Kabengele (voz, guitarra e presença africana). A performance começa de forma introspectiva, evoluindo para uma roda multicultural que integra artistas e público. Paralelamente, oficinas baseadas no método O Passo® promovem autonomia rítmica e sensibilização musical a partir dos ritmos apresentados em 7 CAMINOS, reforçando valores como inclusão, diversidade e convivência pacífica. Mais que um espetáculo, 7 CAMINOS é uma experiência de celebração da convivência na diversidade.

15h – Audiovisual / Diaspóricas 2
A música brasileira é uma mulher negra e o encontro de mulheres em diáspora é capaz de ressignificar as opressões estruturais do racismo e do sexismo. As histórias das musicistas goianas Flávia Carolina, Kesyde Sheilla, Maximira Luciano e Inà Avessa se cruzam em um encontro musical e ancestral inédito para rememorar o passado e pensar um afrofuturo de possibilidade ao povo negro. Elas são terra, fogo e ar que, quando se encontram, se tornam o movimento das águas para fazer fluir a vida por meio da música.


Sexta, 12 de setembro
15h – Audiovisual / Diga meu nome
Diga meu nome é um documentário que conta a história de duas mulheres trans brasileiras na luta pelo direito a ter o nome e o gênero com o qual se identificam em todos os documentos oficiais e que buscam respeito de suas famílias e da sociedade. Selem, 45 anos, é uma travesti; Diana, 22, mulher transexual.


Sábado, 13 de setembro
15h – Audiovisual / Mães do Derick
Quatro jovens criam um filho de nove anos em uma pequena cidade no litoral sul do Brasil. Lésbicas/bi, feministas, anarquistas, não monogâmicas, elas constroem com as próprias mãos uma casa em uma área de ocupação em meio à mata, encarando a ameaça iminente de expulsão por parte da polícia.


Domingo, 14 de setembro
15h – Audiovisual / Divino Maranhão
Documentário que acompanha os preparativos, ritos e significados da Festa do Divino Espírito Santo celebrada pela comunidade de imigrantes maranhenses radicada no Rio de Janeiro. As celebrações expressam suas relações comunitárias na medida em que as funções e papéis sociais são estabelecidos em sua estrutura ritual e são responsáveis por manter vivas as tradições dos maranhenses que buscaram construir suas vidas no Sudeste brasileiro.

SESC DUQUE DE CAXIAS

Sábado, 06 de setembro
15h – Música / Bethi Albano e O Quintal Mágico
A proposta visita festas, folguedos e tradições da cultura popular brasileira, oferecendo ao público a pesquisa que Bethi Albano desenvolve há mais de 30 anos como professora de música, compartilhando canções, danças e brincadeiras do universo encantado do Brasil profundo. Maria Clara, neta de Bethi, encanta com sua presença e deixa no ar o convite para que mais crianças se juntem ao Quintal Mágico. O projeto tem classificação livre.


Terça, 09 de setembro
14h – Audiovisual / Divino Maranhão
Documentário que acompanha os preparativos, ritos e significados da Festa do Divino Espírito Santo celebrada pela comunidade de imigrantes maranhenses radicada no Rio de Janeiro. As celebrações expressam suas relações comunitárias na medida em que as funções e papéis sociais são estabelecidos em sua estrutura ritual e são responsáveis por manter vivas as tradições dos maranhenses que buscaram construir suas vidas no Sudeste brasileiro.


Quarta, 10 de setembro
10h – Literatura / Cazuza, o lance da poesia
Através da poesia falada, Ramon Nunes Mello apresenta a trajetória poética de Cazuza: a beleza de sua poesia e, sobretudo, a relação legítima que ele cultivou entre a literatura e a música – que sempre foi assim, desde a adolescência. A performance poética é uma celebração da vida e obra de Cazuza, artista que enfrentou a aids, com dignidade e coragem – justamente o que permanece de Cazuza, além de seus belos versos.


Quinta, 11 de setembro
14h – Circo / Griot, o conto e a mágica
Partindo da leitura afro-diaspórica da arte mágica e firmando base na cultura da GRIOTAGEM, o espetáculo propõe multilinguagens artísticas, unindo mágica, teatro de sombras, teatro, manipulação de bonecos, malabares e pirofagia. Os Griots são as bibliotecas vivas do coletivo que representam e transmitem seu conhecimento através da oralidade, de geração em geração, assim como acontece com o circo-teatro no Brasil. Nosso Griot traz essa tradição oral africana aliada à tradição brasileira num espetáculo cheio de ilusões e muita magia. Aliar a aristocrática arte mágica à cultura africana de humildade é a tônica do espetáculo e o que o torna tão belo.


Sexta, 12 de setembro
15h – PARTO: Onde a palavra nasce
PARTO: Onde a palavra nasce é uma roda de conversa para lançamento do livro Parto, da escritora Thaís Reis, em que apresenta ao público seu processo de criação artística, para o nascimento da palavra escrita, que subverte a realidade em ficção. Neste encontro, a autora apresenta ao público a obra Parto e os caminhos que percorreu antes de ele nascer: o convite para escrevê-lo e a escolha pelo gênero conto; o processo de escrita, da realidade à ficção; as entrevistas realizadas com as mulheres; o diário de bordo destes encontros, registrados no percurso de criação literária; além da presença de Rodrigo Lima – produtor e poeta do projeto que financiou a produção
da obra; Ilsimar de Jesus, uma das mulheres entrevistadas, ativista pelo direito das mulheres-mães que perderam os filhos para a violência de Estado, prefacista do livro; Natália Rito, ilustradora; e Carol Brito, cantora e compositora de sete canções inspiradas nos contos da obra. Um encontro em que a palavra nasce e renasce em arte e em vida. O parto é coletivo. 


Sábado, 13 de setembro
15h – Cinderela do Rio
Mafuane Oliveira com o seu “Chaveiroeiro Mágico”, um instrumento especial que abre as portas de todas as histórias do mundo convida o público para um mergulho nas águas de diferentes tradições culturais mesclando contos populares e autorais. Apresenta narrativas compostas por cantigas e brincadeiras que revelam a beleza e a singularidade de seres encantados do céu, da terra, do mar, das florestas e do viver no Brasil afrobrasileiro. A Cinderela do Rio é a história contada no novo livro de Mafuane Oliveira, inspirada em versões de Cinderela encontradas no nordeste brasileiro. O público se divertirá passeando por paisagens culturais e conhecendo outros ícones regionais: no lugar da fada madrinha temos um peixe encantado, uma rosa mágica, comadres, meninas de nome Maria e um rio que muda o curso da vida.


Exposição – Artes Visuais
“Festa pra quem?”
De 06 de setembro a 06 de novembro de 2025
A obra intitulada “Festa pra Quem?” realizada no mural do Sesc Duque de Caxias, provoca reflexões imediatas e profundas no público. A intervenção artística aborda de forma provocativa, as questões de tempo e festa, no contexto das lutas políticas e sociais envolvendo os povos indígenas no Brasil. Com utilização de técnicas e materiais diversos (como tinta de terra), a proposta reflete sobre o “tempo histórico”, ligado à luta pela preservação de terras e culturas, e o “tempo contemporâneo” das festas, que são subvertidas para se tornarem espaços de resistência e reflexão social.

SESC MADUREIRA

Sábado, 06 de setembro
11h – Literatura / Zumbidos de Ayo

“Zumbidos de Ayo” é uma performance literária que entrelaça palavra, som e memória para resgatar e reinventar histórias de mulheridades negras em uma experiência cênico-literária multissensorial. Desdobramento da obra “Mulheres Negras Curtindo a Vida” de Natasha Pasquini, esta performance parte dos registros e das vozes coletadas em encontros prévios para criar uma nova narrativa onde a palavra se torna corpo e pulsação.

14h ás 17h – Filme “Do Samba ao Sampler, entre duas culturas” com Roda de Conversa com o diretor Ruan Lucena e o ator e rapper, Chico Tadeu
O rapper Chico Tadeu conduz o lendário sambista Paulo da Portela pelas ruas de Oswaldo Cruz e Madureira até o encontro de seu verdadeiro reconhecimento. O filme, repleto de depoimentos de sambistas e estudiosos ajuda a nos explicar quem foi Paulo da Portela, o nosso Professor. Do Samba Ao Sample: Entre Duas Culturas liga o rap do século XXI ao samba dos primórdios do século XX. Após a exibição do filme, teremos uma roda de conversa com o diretor Ruan Lucena, e o ator e rapper, Chico Tadeu.

14h ás 17h – Show do rapper Chico Tadeu
Chico Tadeu é um rapper de Madureira, conhecido pela fusão de ritmos em suas músicas, sempre mantendo a essência do rap. Suas letras abordam questões da sociedade contemporânea. Seu primeiro álbum foi lançado em 2017, “O Estado Crítico”, em março de 2025 lançou o single “Jaz em Madureira” e está com a turnê “Orvalho” em andamento, com arranjos exclusivos e momentos de interação com o público. Em suas músicas CHT procura se comunicar com o ouvinte de forma sincera e direta o convidando a refletir sobre a atualidade em que vivemos. Seus trabalhos são, portanto, um diálogo de igual para igual, uma conversa olho no olho.

14h ás 17h – Dança / Gorila de Saco: cultura popular em diálogo
Na favela da Vila Vintém (RJ) existe uma entidade, não comentada, ainda muito presente na história dos moradores. Conhecido em algumas favelas fluminenses, o Gorila de Saco era uma alternativa para aqueles que queriam curtir o carnaval, mas não tinham dinheiro para participar dos grupos de Clóvis. As tiras de saco plástico que constroem o seu corpo são as mesmas que nos conduzem ao encontro dessas memórias, embaladas pelas vozes e corpos de quem, hoje, deseja reescrever essa história. O espetáculo evoca a potência manifesta do Gorila de Saco das travessas e becos onde ele ficou marcado pela violência, para reencantar essa entidade junto de quem, pouco a pouco, movimenta o seu retorno pacífico para o carnaval e a sua afirmação enquanto figura importante da cultura popular.


Domingo, 07 de setembro
15h – Música / Bethi Albano e O Quintal Mágico
Bethi Albano e O Quintal Mágico fazem sete apresentações nos Teatros do SESC RJ. A proposta visita festas, folguedos e tradições da cultura popular brasileira, oferecendo ao público a pesquisa que Bethi Albano desenvolve há mais de 30 anos como professora de música, compartilhando canções, danças e brincadeiras do universo encantado do Brasil profundo. Maria Clara, neta de Bethi, encanta com sua presença e deixa no ar o convite para que mais crianças se juntem ao Quintal Mágico. O projeto tem classificação livre.


Quarta, 10 de setembro
14h – Oficina / “Jornada de Exu: presença, corpo e voz” com Déa Trancoso
A oficina “Jornada de Exu: presença, corpo e voz”, é ministrada por Déa Trancoso há mais de 10 anos. A oficina híbrida aberta é dedicada a produzir arte, clínica, educação, alegria e cura, com ênfase em experiências que propõem compostagens sensíveis: palavra fílmica, sonoridades, corporeidades, leituras, escutas, desenhos, escrituras, fragmentos de melodias avulsas e nômades, dançagens, cantagens, tempo kairós: o tempo alterado da festa. Desse modo, faremos ressonâncias que experimentem a filosofia como política, produção e remédio: o corpo como episteme, a linguagem como regeneração e o conceito como cura aplicada ao cotidiano. Os alunos da oficina serão convidados para uma participação especial no show “Eu vejo o mundo nos olhos de exu”.

17h – Música / Eu vejo o mundo nos olhos de Exu com Déa Trancoso
Eu vejo o mundo nos olhos de Exu” é uma performance musical de 10 canções e 2 textos, produzidos durante o doutoramento em Educação da cantora, compositora, atriz e pesquisadora Déa Trancoso, pela UNICAMP, e que nasceu de conversas sobre o tempo com os Exus Zambarado e Calunga da Calunga Grande [seus sujeitos de estudo], entres os anos de 1994 a 2023.


Quinta, 11 de setembro
15h – Audiovisual / As Pastoras – Vozes Femininas do Samba
Nas escolas de samba as mulheres cantoras são chamadas de Pastoras. Suas vozes dão leveza ao samba. Nos primórdios, as mulheres, ao cantar em coro as composições que mais gostavam, determinavam qual seria o samba vencedor na quadra. Hoje, as Pastoras fazem parte da Velha Guarda e continuam a emprestar suas vozes aos sambas mais tradicionais de suas escolas. No Rio de Janeiro, a Portela foi uma das primeiras escolas de samba a manter viva essa tradição. Neste documentário, vamos conhecer a história das quatro Pastoras da Portela: Tia Surica, Neide Santana, Áurea Maria e Jane Carla.


Sexta, 12 de setembro
15h – Circo / Griot, o conto e a mágica

Partindo da leitura afro-diaspórica da arte mágica e firmando base na cultura da GRIOTAGEM, o espetáculo propõe multilinguagens artísticas, unindo mágica, teatro de sombras, teatro, manipulação de bonecos, malabares e pirofagia. Os Griots são as bibliotecas vivas do coletivo que representam e transmitem seu conhecimento através da oralidade, de geração em geração, assim como acontece com o circo-teatro no Brasil. Nosso Griot traz essa tradição oral africana aliada à tradição brasileira num espetáculo cheio de ilusões e muita magia. Aliar a aristocrática arte mágica à cultura africana de humildade é a tônica do espetáculo e o que o torna tão belo.


Sábado, 13 de setembro
15h – Literatura / Cazuza, o lance da poesia
Através da poesia falada, Ramon Nunes Mello apresenta a trajetória poética de Cazuza: a beleza de sua poesia e, sobretudo, a relação legítima que ele cultivou entre a literatura e a música – que sempre foi assim, desde a adolescência. A performance poética é uma celebração da vida e obra de Cazuza, artista que enfrentou a aids, com dignidade e coragem – justamente o que permanece de Cazuza, além de seus belos versos.


Domingo, 14 de setembro
14h – Música / Samba na Serrinha
Com o diferencial de enaltecer a cultura da região, o Samba na Serrinha é pontual no culto que faz aos seus antepassados, como os compositores do Império Serrano e os jongueiros que deram vida ao Jongo da Serrinha. Roda de samba que se tornou referência em Madureira, especialmente na comunidade da Serrinha, local onde o movimento nasceu, promove um verdadeiro quilombo, arrastando um público em busca do samba de raiz e de compartilhar as vivências da cultura preta.


Imersão Literária
Cordel, Embolada, Repente e Rap
De 10 de setembro a 13 de setembro de 2025 – 9h
A obra intitulada “Festa pra Quem?” realizada no mural do Sesc Duque de Caxias, provoca reflexões imediatas e profundas no público. A intervenção artística aborda de forma provocativa, as questões de tempo e festa, no contexto das lutas políticas e sociais envolvendo os povos indígenas no Brasil. Com utilização de técnicas e materiais diversos (como tinta de terra), a proposta reflete sobre o “tempo histórico”, ligado à luta pela preservação de terras e culturas, e o “tempo contemporâneo” das festas, que são subvertidas para se tornarem espaços de resistência e reflexão social.

SESC NITERÓI

Sábado, 06 de setembro
14h às 15h – Oficina / 7 CAMINOS com O Passo®
Oficina baseada no método O Passo® promove autonomia rítmica e sensibilização musical a partir dos ritmos flamencos apresentados em 7 CAMINOS, reforçando valores como inclusão, diversidade e convivência pacífica. Mais que um espetáculo, 7 CAMINOS é uma experiência de celebração da convivência na diversidade.

19h – Música / 7 CAMINOS – Emiliano Castro com Bukassa Kabengele
7 CAMINOS, de Emiliano Castro, é um espetáculo musical que conecta Brasil, África, América Latina e Espanha, celebrando a diversidade cultural em um diálogo vibrante de sons e movimentos. Inspirado pela vivência multicultural de Emiliano, que teve sua primeira infância em Moçambique, cresceu em São Paulo e viveu na Espanha, o show traz ao palco Isadora Nefussi (baile, palmas, coros e presença flamenca), Camilo Zorrilla (percussão, voz e presença latinoamericana) e Bukassa Kabengele (voz, guitarra e presença africana). A performance começa de forma introspectiva, evoluindo para uma roda multicultural que integra artistas e público. Paralelamente, oficinas baseadas no método O Passo® promovem autonomia rítmica e sensibilização musical a partir dos ritmos apresentados em 7 CAMINOS, reforçando valores como inclusão, diversidade e convivência pacífica. Mais que um espetáculo, 7 CAMINOS é uma experiência de celebração da convivência na diversidade.


Quarta, 10 de setembro
16h – Audiovisual / Mães do Derick
Quatro jovens criam um filho de nove anos em uma pequena cidade no litoral sul do Brasil. Lésbicas/bi, feministas, anarquistas, não monogâmicas, elas constroem com as próprias mãos uma casa em uma área de ocupação em meio à mata, encarando a ameaça iminente de expulsão por parte da polícia.

18h – Audiovisual / Sessão de Curtas
Congresso Internacional de Pássaros (4 min.) + Teatro de Máscaras (23 min.) + Inimigos Mortais e Outras Bobeiras (15 min.)


Quinta, 11 de setembro
17h – Literatura / Cazuza, o lance da poesia
Através da poesia falada, Ramon Nunes Mello apresenta a trajetória poética de Cazuza: a beleza de sua poesia e, sobretudo, a relação legítima que ele cultivou entre a literatura e a música – que sempre foi assim, desde a adolescência. A performance poética é uma celebração da vida e obra de Cazuza, artista que enfrentou a aids, com dignidade e coragem – justamente o que permanece de Cazuza, além de seus belos versos.

19h – Teatro / A Palavra que Resta
O espetáculo A Palavra que Resta narra a trajetória de Raimundo Gaudêncio de Freitas, que nascido no sertão nordestino, trabalhador da roça sem ter tido a chance de ir à escola, apaixona-se por seu grande amigo Cícero. Ao serem flagrados juntos, as duas famílias os separam: Cícero desaparece, deixando somente uma carta ao amado, que é expulso de casa pela mãe. Raimundo começa a trabalhar como ajudante de caminhoneiros e durante 50 anos permanece analfabeto; aos 71 anos quer aprender a ler para saber o que o amado havia lhe escrito.


Sexta, 12 de setembro
14h – Oficina / “Jornada de Exu: presença, corpo e voz” com Déa Trancoso
A oficina “Jornada de Exu: presença, corpo e voz”, é ministrada por Déa Trancoso há mais de 10 anos. A oficina híbrida aberta é dedicada a produzir arte, clínica, educação, alegria e cura, com ênfase em experiências que propõem compostagens sensíveis: palavra fílmica, sonoridades, corporeidades, leituras, escutas, desenhos, escrituras, fragmentos de melodias avulsas e nômades, dançagens, cantagens, tempo kairós: o tempo alterado da festa. Desse modo, faremos ressonâncias que experimentem a filosofia como política, produção e remédio: o corpo como episteme, a linguagem como regeneração e o conceito como cura aplicada ao cotidiano. Os alunos da oficina serão convidados para uma participação especial no show “Eu vejo o mundo nos olhos de exu”.

15h – Oficina / Cine-performance transPORTAr vagalumens
Na oficina o público investiga o jogo entre a captação e a projeção da imagem em diferentes superfícies, através do uso de equipamentos e mecanismos (celular, tablet e projetor sem fio), se aproximando das proposições artísticas realizadas na performance que irá assistir.

18h – Audiovisual / Cine-performance transPORTAr vagalumens
Projeto de audiovisual expandido que mistura vídeo, performance, dança e escultura, realizado em movimento. Sete artistas caminham e carregam uma porta sobre rodas e dispositivos eletrônicos (celulares, ipads e projetores), transformando o espaço em palco/galeria/cinema e os corpos – tanto deles, da porta, quanto dos passantes – em agentes provocadores e espectadores da cena; borrando assim as fronteiras da arte-vida. Serão promovidas três oficinas para que o público investigue as proposições artísticas realizadas na performance, utilizando os equipamentos e mecanismos apresentados.

19h – Música / Eu vejo o mundo nos olhos de Exu com Déa Trancoso
Eu vejo o mundo nos olhos de Exu” é uma performance musical de 10 canções e 2 textos, produzidos durante o doutoramento em Educação da cantora, compositora, atriz e pesquisadora Déa Trancoso, pela UNICAMP, e que nasceu de conversas sobre o tempo com os Exus Zambarado e Calunga da Calunga Grande [seus sujeitos de estudo], entres os anos de 1994 a 2023.


Sábado, 13 de setembro
11h – Música Zumbidos de Ayo
“Zumbidos de Ayo” é uma performance literária que entrelaça palavra, som e memória para resgatar e reinventar histórias de mulheridades negras em uma experiência cênico-literária multissensorial. Desdobramento da obra “Mulheres Negras Curtindo a Vida” de Natasha Pasquini, esta performance parte dos registros e das vozes coletadas em encontros prévios para criar uma nova narrativa onde a palavra se torna corpo e pulsação.

14h – Papo de sambista é samba com Tiãozinho da Mocidade
A roda de samba do Tiãozinho da Mocidade e Batuques de Padre Miguel é um encontro que celebra as raízes do samba na Zona Oeste do Rio de Janeiro, reunindo tradição, talento e ancestralidade. Liderada por Tiãozinho da Mocidade, um dos maiores expoentes do samba carioca e figura central da G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel, a roda de samba exalta a história de um bairro que é berço de grandes sambistas e um reduto de resistência cultural. Com uma trajetória de mais de 60 anos no samba, Tiãozinho é reconhecido por suas contribuições como compositor, intérprete e embaixador do samba no Brasil e no exterior. Acompanhado pelos Batuques de Padre Miguel, o projeto une a tradição das baterias de escolas de samba com a riqueza musical do samba em suas múltiplas vertentes: samba de quadra, terreiro, breque, enredo e outros ritmos de matriz afro-brasileira.

18h – Conferência com Renato Noguera
Em 2025, o projeto Palavra Líquida completa 10 anos, com o tema “Tempo e Festa”. Nas cosmovisões Angola-Congo, “Tempo” é uma divindade (Kitembo/Dembwa), não se confunde com o cronos ocidentalizante. “Festa”, no idioma quimbundo, é Kizomba: encontro, confraternização, festa do povo. Tempo e Festa – do muito que somos e fazemos em torno da palavra. O educador, escritor e filósofo Renato Noguera apresenta a conferência baseada no tema da edição 2025, “Tempo e Festa”.

18h – Música / Rico Dalasam
Rico Dalasam é cantor, compositor e rapper brasileiro, com mais de 10 anos de carreira, compõe músicas que narram suas experiências de vida enquanto jovem, negro e gay, morador da periferia da Grande São Paulo e desde então, vem construindo novas narrativas e se firmando cada vez mais na cena do hip hop nacional.

SESC NOVA IGUAÇU

Sexta, 05 de setembro
14h – Literatura / Cinderela do Rio
Mafuane Oliveira com o seu “Chaveiroeiro Mágico”, um instrumento especial que abre as portas de todas as histórias do mundo convida o público para um mergulho nas águas de diferentes tradições culturais mesclando contos populares e autorais. Apresenta narrativas compostas por cantigas e brincadeiras que revelam a beleza e a singularidade de seres encantados do céu, da terra, do mar, das florestas e do viver no Brasil afrobrasileiro. A Cinderela do Rio é a história contada no novo livro de Mafuane Oliveira, inspirada em versões de Cinderela encontradas no nordeste brasileiro. O público se divertirá passeando por paisagens culturais e conhecendo outros ícones regionais: no lugar da fada madrinha temos um peixe encantado, uma rosa mágica, comadres, meninas de nome Maria e um rio que muda o curso da vida.


Terça, 09 de setembro
09h30 – Audiovisual / As Pastoras – Vozes Femininas do Samba
Nas escolas de samba as mulheres cantoras são chamadas de Pastoras. Suas vozes dão leveza ao samba. Nos primórdios, as mulheres, ao cantar em coro as composições que mais gostavam, determinavam qual seria o samba vencedor na quadra. Hoje, as Pastoras fazem parte da Velha Guarda e continuam a emprestar suas vozes aos sambas mais tradicionais de suas escolas. No Rio de Janeiro, a Portela foi uma das primeiras escolas de samba a manter viva essa tradição. Neste documentário, vamos conhecer a história das quatro Pastoras da Portela: Tia Surica, Neide Santana, Áurea Maria e Jane Carla.

14h – Audiovisual / Diaspóricas 2
A música brasileira é uma mulher negra e o encontro de mulheres em diáspora é capaz de ressignificar as opressões estruturais do racismo e do sexismo. As histórias das musicistas goianas Flávia Carolina, Kesyde Sheilla, Maximira Luciano e Inà Avessa se cruzam em um encontro musical e ancestral inédito para rememorar o passado e pensar um afrofuturo de possibilidade ao povo negro. Elas são terra, fogo e ar que, quando se encontram, se tornam o movimento das águas para fazer fluir a vida por meio da música.

14h – Literatura / Alô Narrativas negras para a infância – De Carolina à Marielle
Leva ao público histórias infantis sobre duas personalidades negras com leitura e conversa sobre essas narrativas negras. Para começar o espetáculo, uma artista vai realizar uma leitura dramatizada da história dos livros selecionados e depois conduzirá um papo com a autora sobre a história e a personalidade homenageada. Ao final, o público também entrar nessa roda de conversa e história. Tudo isso deixando um Alô por onde passar.

18h- Audiovisual / Diga meu nome
Diga meu nome é um documentário que conta a história de duas mulheres trans brasileiras na luta pelo direito a ter o nome e o gênero com o qual se identificam em todos os documentos oficiais e que buscam respeito de suas famílias e da sociedade. Selem, 45 anos, é uma travesti; Diana, 22, mulher transexual.


Quarta, 10 de setembro
16h – Lançamento de Livro / PARTO: Onde a palavra
Uma roda de conversa para lançamento do livro Parto, da escritora Thaís Reis, em que apresenta ao público seu processo de criação artística, para o nascimento da palavra escrita, que subverte a realidade em ficção. Neste encontro, a autora apresenta ao público a obra Parto e os caminhos que percorreu antes de ele nascer: o convite para escrevê-lo e a escolha pelo gênero conto; o processo de escrita, da realidade à ficção; as entrevistas realizadas com as mulheres; o diário de bordo destes encontros, registrados no percurso de criação literária; além da presença de Rodrigo Lima – produtor e poeta do projeto que financiou a produção da obra; Ilsimar de Jesus, uma das mulheres entrevistadas, ativista pelo direito das mulheres-mães que perderam os filhos para a violência de Estado, prefacista do livro; Natália Rito, ilustradora; e Carol Brito, cantora e compositora de sete canções inspiradas nos contos da obra. Um encontro em que a palavra nasce e renasce em arte e em vida. O parto é coletivo. 


Quinta, 11 de setembro
09h30 – Audiovisual / Mães do Derick
Quatro jovens criam um filho de nove anos em uma pequena cidade no litoral sul do Brasil. Lésbicas/bi, feministas, anarquistas, não monogâmicas, elas constroem com as próprias mãos uma casa em uma área de ocupação em meio à mata, encarando a ameaça iminente de expulsão por parte da polícia.

14h – Literatura / Contos para cultivar a alegria
A narradora Camila Costa, acompanhada pela musicista brincante Cacá Pitrez, convoca a plateia a restaurar a alegria, o riso e a festa como forças fundamentais à vida humana. Com direção cênica do palhaço Ricardo Gadelha, o espetáculo reúne histórias da tradição oral, cantos e ritmos brasileiros propondo ao público uma experiência viva para cultivar coletivamente a alegria.

14h – Audiovisual / Divino Maranhão
Documentário que acompanha os preparativos, ritos e significados da Festa do Divino Espírito Santo celebrada pela comunidade de imigrantes maranhenses radicada no Rio de Janeiro. As celebrações expressam suas relações comunitárias na medida em que as funções e papéis sociais são estabelecidos em sua estrutura ritual e são responsáveis por manter vivas as tradições dos maranhenses que buscaram construir suas vidas no Sudeste brasileiro.

18h – Audiovisual / Sessão de Curta
Congresso Internacional de Pássaros (4 min.) + Teatro de Máscaras (23 min.) + Inimigos Mortais e Outras Bobeiras (15 min.)


Sexta, 12 de setembro
19h – Dança / Vogue Funk
Das vielas para os palcos, das batalhas nas ruas para os holofotes, dos fios emaranhados dos postes ao fio dental das gatas. É o asfalto riscado pelos crias descalços da favela contra as quedas das manas trans de salto nas balls. É baile funk ou vogue ball? É VOGUE FUNK!

 


Sábado, 13 de setembro
15h às 17h – Oficina / Cine-performance transPORTAr vagalumens
Na oficina o público investiga o jogo entre a captação e a projeção da imagem em diferentes superfícies, através do uso de equipamentos e mecanismos (celular, tablet e projetor sem fio), se aproximando das proposições artísticas realizadas na performance que irá assistir. O intuito é estimular a relação do olhar e da escuta com o espaço, através do movimento e da criação de pequenos vídeos, usando a improvisação enquanto linguagem de construção. O material produzido será inserido na apresentação do cine-performance. A oficina é aberta a artistas e demais interessados e será acompanhada por uma profissional de áudio descrição.

15h – Música / Samba de Maria
Roda de Samba, composta pela cantora, compositora e multi-instrumentista Luara Oliveira e suas “comadres” parceiras, as instrumentistas Marilua Azevedo, Raquel Nascimento e Ludmila Santos, além de outras mulheres que serão convidadas para compor as rodas.

18h – Teatro / A Palavra que Resta
O espetáculo A Palavra que Resta narra a trajetória de Raimundo Gaudêncio de Freitas, que nascido no sertão nordestino, trabalhador da roça sem ter tido a chance de ir à escola, apaixona-se por seu grande amigo Cícero. Ao serem flagrados juntos, as duas famílias os separam: Cícero desaparece, deixando somente uma carta ao amado, que é expulso de casa pela mãe. Raimundo começa a trabalhar como ajudante de caminhoneiros e durante 50 anos permanece analfabeto; aos 71 anos quer aprender a ler para saber o que o amado havia lhe escrito.

19h – Audiovisual / Cine-performance transPORTAr vagalumens
Projeto de audiovisual expandido que mistura vídeo, performance, dança e escultura, realizado em movimento. Sete artistas caminham e carregam uma porta sobre rodas e dispositivos eletrônicos (celulares, ipads e projetores), transformando o espaço em palco/galeria/cinema e os corpos – tanto deles, da porta, quanto dos passantes – em agentes provocadores e espectadores da cena; borrando assim as fronteiras da arte-vida. Serão promovidas três oficinas para que o público investigue as proposições artísticas realizadas na performance, utilizando os equipamentos e mecanismos apresentados. Tanto as oficinas quanto as apresentações serão gratuitas e acompanhadas por áudio descrição.


Domingo, 14 de setembro
16h – Música / Quintal da Dona Guilhermina
Um espetáculo com bonecos, brincadeiras e músicas populares de várias regiões do Brasil: congados, sambas, cacuriás, bumba bois e afoxés. Um jardim cheio de bichos, brincadeiras e uma anfitriã muito animada, protetora e apaixonada pelo seu quintal. Dona Guilhermina, Maria Guilhermina Tereza Cambinda Sinoca das Aroeira, é avó, benzedeira e folgazã. Mantenedora das memórias do brincar, é ela que comanda os toques, os cantos e jogos corporais das rodas e cordões de sua comunidade. Um terreiro no mundo e do mundo! Para contar algumas histórias de seu quintal, Dona Guilhermina convida vários amigos brincantes que fazem uma linda apresentação com sonoridades e danças das tradições populares brasileiras. Além de cantigas e de toadas de mestres da música popular brasileira, o espetáculo conta com músicas autorais que foram gravadas no CD No Quintal de Dona Guilhermina. Voltado para crianças de diferentes idades, o espetáculo musical traz mensagens sobre cuidados e carinhos com a natureza e sua importância para o bem viver das pessoas, suas raízes e ancestralidades. Um espaço aberto ao mundo para o cultivo de alegrias, sonhos, belezas, alimentos, tudo o que precisamos para nutrir e fortalecer uns aos outros.

SESC RAMOS

Sexta, 05 de setembro
10h – Literatura / Tempo e Festa – 30 Anos de Literatura Negro Afetiva De Sonia Rosa
Do muito que somos e fazemos em torno da palavra. Tempo de celebrar os 30 anos de trajetória literária da escritora carioca Sonia Rosa, uma referência na literatura infantil e juvenil com protagonismo negro.


Sábado, 06 de setembro
15h – Audiovisual / Divino Maranhão
Documentário que acompanha os preparativos, ritos e significados da Festa do Divino Espírito Santo celebrada pela comunidade de imigrantes maranhenses radicada no Rio de Janeiro. As celebrações expressam suas relações comunitárias na medida em que as funções e papéis sociais são estabelecidos em sua estrutura ritual e são responsáveis por manter vivas as tradições dos maranhenses que buscaram construir suas vidas no Sudeste brasileiro.


Domingo, 07 de setembro
16h – Música / Quintal da Dona Guilhermina
Um espetáculo com bonecos, brincadeiras e músicas populares de várias regiões do Brasil: congados, sambas, cacuriás, bumba bois e afoxés. Um jardim cheio de bichos, brincadeiras e uma anfitriã muito animada, protetora e apaixonada pelo seu quintal. Dona Guilhermina, Maria Guilhermina Tereza Cambinda Sinoca das Aroeira, é avó, benzedeira e folgazã. Mantenedora das memórias do brincar, é ela que comanda os toques, os cantos e jogos corporais das rodas e cordões de sua comunidade. Um terreiro no mundo e do mundo! Para contar algumas histórias de seu quintal, Dona Guilhermina convida vários amigos brincantes que fazem uma linda apresentação com sonoridades e danças das tradições populares brasileiras. Além de cantigas e de toadas de mestres da música popular brasileira, o espetáculo conta com músicas autorais que foram gravadas no CD No Quintal de Dona Guilhermina. Voltado para crianças de diferentes idades, o espetáculo musical traz mensagens sobre cuidados e carinhos com a natureza e sua importância para o bem viver das pessoas, suas raízes e ancestralidades. Um espaço aberto ao mundo para o cultivo de alegrias, sonhos, belezas, alimentos, tudo o que precisamos para nutrir e fortalecer uns aos outros.


Terça, 09 de setembro
19h – Literatura / Cazuza, o lance da poesia
Através da poesia falada, Ramon Nunes Mello apresenta a trajetória poética de Cazuza: a beleza de sua poesia e, sobretudo, a relação legítima que ele cultivou entre a literatura e a música – que sempre foi assim, desde a adolescência. A performance poética é uma celebração da vida e obra de Cazuza, artista que enfrentou a aids, com dignidade e coragem – justamente o que permanece de Cazuza, além de seus belos versos.


Quarta, 10 de setembro
19h – Audiovisual / Sessão de Curtas
Congresso Internacional de Pássaros (4 min.) + Teatro de Máscaras (23 min.) + Inimigos Mortais e Outras Bobeiras (15 min.)


Sexta, 12 de setembro
10h – Literatura / Contos para cultivar a alegria
A narradora Camila Costa, acompanhada pela musicista brincante Cacá Pitrez, convoca a plateia a restaurar a alegria, o riso e a festa como forças fundamentais à vida humana. Com direção cênica do palhaço Ricardo Gadelha, o espetáculo reúne histórias da tradição oral, cantos e ritmos brasileiros propondo ao público uma experiência viva para cultivar coletivamente a alegria.

19h – Teatro / A Palavra que Resta
O espetáculo A Palavra que Resta narra a trajetória de Raimundo Gaudêncio de Freitas, que nascido no sertão nordestino, trabalhador da roça sem ter tido a chance de ir à escola, apaixona-se por seu grande amigo Cícero. Ao serem flagrados juntos, as duas famílias os separam: Cícero desaparece, deixando somente uma carta ao amado, que é expulso de casa pela mãe. Raimundo começa a trabalhar como ajudante de caminhoneiros e durante 50 anos permanece analfabeto; aos 71 anos quer aprender a ler para saber o que o amado havia lhe escrito.


Sábado, 13 de setembro
14h – Literatura / Encontrão dos Slams da Zona Norte
Encontrão dos Slams da Zona Norte: Tempo e Festa de celebrar a cultura da poesia falada e batalhas de poesia que acontecem na Zona Norte. O Encontrão contará com a participação do Slam Laje (Complexo do Alemão), Slam Sereno (Complexo da Penha), Slam Caju (Favela do Caju) e o Slam Maré (Complexo de Favelas da Maré)


Domingo, 14 de setembro
14h – Música / Encontro das Velhas Guardas
Com a presença da GRES Imperatriz Leopoldinense, GRES Unidos de Manguinhos e Bloco Carnavalesco Unidos da Grota. Participação especial de Geisa Ketti e músicos da Roda de Samba do Doutor. Mais do que um evento, será um espaço de diálogo para celebrar as ricas histórias e projetar o futuro do carnaval. Junte-se a nós para ouvir e vivenciar as histórias e os sambas que marcaram a trajetória da GRES Imperatriz Leopoldinense, da GRES Unidos de Manguinhos e do Bloco Carnavalesco Unidos da Grota.

SESC SÃO GONÇALO

Sábado, 06 de setembro
11h – Literatura / Cazuza, o lance da poesia
Através da poesia falada, Ramon Nunes Mello apresenta a trajetória poética de Cazuza: a beleza de sua poesia e, sobretudo, a relação legítima que ele cultivou entre a literatura e a música – que sempre foi assim, desde a adolescência. A performance poética é uma celebração da vida e obra de Cazuza, artista que enfrentou a aids, com dignidade e coragem – justamente o que permanece de Cazuza, além de seus belos versos.

16h – Audiovisual / Mães do Derick
Quatro jovens criam um filho de nove anos em uma pequena cidade no litoral sul do Brasil. Lésbicas/bi, feministas, anarquistas, não monogâmicas, elas constroem com as próprias mãos uma casa em uma área de ocupação em meio à mata, encarando a ameaça iminente de expulsão por parte da polícia.

17h – Audiovisual / Divino Maranhão
Documentário que acompanha os preparativos, ritos e significados da Festa do Divino Espírito Santo celebrada pela comunidade de imigrantes maranhenses radicada no Rio de Janeiro. As celebrações expressam suas relações comunitárias na medida em que as funções e papéis sociais são estabelecidos em sua estrutura ritual e são responsáveis por manter vivas as tradições dos maranhenses que buscaram construir suas vidas no Sudeste brasileiro.


Domingo, 07 de setembro
14h – Música / Roda de Samba do Candongueiro – Sambas da Portela
Neste projeto, com mais de 30 anos na bagagem, a tradicional Roda de Samba do Candongueiro sai de Niterói e do seu “habitat natural”, aterrissando no território do Sesc e cantando os bambas do nosso samba com especial homenagem ao reduto da Portela, Oswaldo Cruz e Madureira.


Terça, 09 de setembro
14h – Saberes e Vivências Indígenas com Cacique Darci Tupã
Receberemos o cacique Tupã, liderança indígena na Aldeia Mata Verde Bonita (Tekoa Ka’Aguy Hovy Porã), localizada no município de Maricá. Tupã é presidente do Instituto Nhandereko e já realizou diversas palestras no Brasil, na Suíça e na França. A aldeia abriga cerca de 20 famílias da etnia Guarani Mbyá e o idioma falado é a variação mbyá do guarani, um idioma indígena do tronco tupi-guarani, falado por milhares de indígenas no Sul e no Centro-Oeste do Brasil e em outros países, como a Bolívia e o Paraguai. Para essa vivência, Tupã, trará a sabedoria e palavras ancestrais indígenas de seu povo guarani mbyá, assim como, os cantos da mata atlântica.


Quarta, 10 de setembro
14h – Literatura / Contos para cultivar a alegria
A narradora Camila Costa, acompanhada pela musicista brincante Cacá Pitrez, convoca a plateia a restaurar a alegria, o riso e a festa como forças fundamentais à vida humana. Com direção cênica do palhaço Ricardo Gadelha, o espetáculo reúne histórias da tradição oral, cantos e ritmos brasileiros propondo ao público uma experiência viva para cultivar coletivamente a alegria.


Quinta, 11 de setembro
14h – Literatura / Alô Narrativas Negras para infância – De Carolina à Marielle
Leva ao público histórias infantis sobre duas personalidades negras com leitura e conversa sobre essas narrativas negras. Para começar o espetáculo, uma artista vai realizar uma leitura dramatizada da história dos livros selecionados e depois conduzirá um papo com a autora sobre a história e a personalidade homenageada. Ao final, o público também entrar nessa roda de conversa e história. Tudo isso deixando um Alô por onde passar.

15h – Oficina / Cine-performance transPORTAr vagalumens
Na oficina o público investiga o jogo entre a captação e a projeção da imagem em diferentes superfícies, através do uso de equipamentos e mecanismos (celular, tablet e projetor sem fio), se aproximando das proposições artísticas realizadas na performance que irá assistir.

19h – Audiovisual / Cine-performance transPORTAr vagalumens
Projeto de audiovisual expandido que mistura vídeo, performance, dança e escultura, realizado em movimento. Sete artistas caminham e carregam uma porta sobre rodas e dispositivos eletrônicos (celulares, ipads e projetores), transformando o espaço em palco/galeria/cinema e os corpos – tanto deles, da porta, quanto dos passantes – em agentes provocadores e espectadores da cena; borrando assim as fronteiras da arte-vida. Serão promovidas três oficinas para que o público investigue as proposições artísticas realizadas na performance, utilizando os equipamentos e mecanismos apresentados.


Sexta, 12 de setembro
17h – Audiovisual / Diga meu nome
Diga meu nome é um documentário que conta a história de duas mulheres trans brasileiras na luta pelo direito a ter o nome e o gênero com o qual se identificam em todos os documentos oficiais e que buscam respeito de suas famílias e da sociedade. Selem, 45 anos, é uma travesti; Diana, 22, mulher transexual.


Sábado, 13 de setembro
19h – Circo / Griot, o conto e a mágica
Partindo da leitura afro-diaspórica da arte mágica e firmando base na cultura da GRIOTAGEM, o espetáculo propõe multilinguagens artísticas, unindo mágica, teatro de sombras, teatro, manipulação de bonecos, malabares e pirofagia. Os Griots são as bibliotecas vivas do coletivo que representam e transmitem seu conhecimento através da oralidade, de geração em geração, assim como acontece com o circo-teatro no Brasil. Nosso Griot traz essa tradição oral africana aliada à tradição brasileira num espetáculo cheio de ilusões e muita magia. Aliar a aristocrática arte mágica à cultura africana de humildade é a tônica do espetáculo e o que o torna tão belo.


Domingo, 14 de setembro
16h – Literatura / Cinderela do Rio
Mafuane Oliveira com o seu “Chaveiroeiro Mágico”, um instrumento especial que abre as portas de todas as histórias do mundo convida o público para um mergulho nas águas de diferentes tradições culturais mesclando contos populares e autorais. Apresenta narrativas compostas por cantigas e brincadeiras que revelam a beleza e a singularidade de seres encantados do céu, da terra, do mar, das florestas e do viver no Brasil afrobrasileiro. A Cinderela do Rio é a história contada no novo livro de Mafuane Oliveira, inspirada em versões de Cinderela encontradas no nordeste brasileiro. O público se divertirá passeando por paisagens culturais e conhecendo outros ícones regionais: no lugar da fada madrinha temos um peixe encantado, uma rosa mágica, comadres, meninas de nome Maria e um rio que muda o curso da vida


Exposição – Artes Visuais
09h às 17:30 – Obirikiti
De 05 de setembro a 09 de novembro de 2025
Abertura com coquetel aberto ao público no dia 05/09 às 15h

Convida o público a mergulhar em uma celebração vibrante e ancestral das festas e rituais populares brasileiros. A exposição coletiva reúne obras de artistas como Caio Luiz, Guilherme Kid, Urucuia, Rona Neves, Isa Muriá, Ismael David, Ratão Diniz, Bea Domingos, Sagace, além das integrantes do Coletivo Trovoa. Sob a curadoria de Osmar Paulino e Peralta, a mostra propõe uma reflexão sobre o tempo como um movimento circular, conectando gerações e territórios por meio das tradições.

SESC SÃO JOÃO DE MERITI

Sábado, 06 de setembro
18h – Literatura / Contos para cultivar a alegria
A narradora Camila Costa, acompanhada pela musicista brincante Cacá Pitrez, convoca a plateia a restaurar a alegria, o riso e a festa como forças fundamentais à vida humana. Com direção cênica do palhaço Ricardo Gadelha, o espetáculo reúne histórias da tradição oral, cantos e ritmos brasileiros propondo ao público uma experiência viva para cultivar coletivamente a alegria.


Terça, 09 de setembro
16h – Audiovisual / As Pastoras – Vozes Femininas do Samba
Nas escolas de samba as mulheres cantoras são chamadas de Pastoras. Suas vozes dão leveza ao samba. Nos primórdios, as mulheres, ao cantar em coro as composições que mais gostavam, determinavam qual seria o samba vencedor na quadra. Hoje, as Pastoras fazem parte da Velha Guarda e continuam a emprestar suas vozes aos sambas mais tradicionais de suas escolas. No Rio de Janeiro, a Portela foi uma das primeiras escolas de samba a manter viva essa tradição. Neste documentário, vamos conhecer a história das quatro Pastoras da Portela: Tia Surica, Neide Santana, Áurea Maria e Jane Carla.


Quarta, 10 de setembro
13h – Literatura / Sinais da Poesia
O projeto Sinais da Poesia promove a inclusão da cultura surda por meio da poesia em formato SLAM, destacando a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como ferramenta artística. Em parceria com o INES, a iniciativa oferece oficinas de SLAM e Libras, culminando em apresentações poéticas e um show acessível.

17h – Audiovisual / Sessão de Curtas
Congresso Internacional de Pássaros (4 min.) + Teatro de Máscaras (23 min.) + Inimigos Mortais e Outras Bobeiras (15 min.)


Quinta, 11 de setembro
15h – Lançamento de Livro / PARTO: Onde a palavra
Uma roda de conversa para lançamento do livro Parto, da escritora Thaís Reis, em que apresenta ao público seu processo de criação artística, para o nascimento da palavra escrita, que subverte a realidade em ficção. Neste encontro, a autora apresenta ao público a obra Parto e os caminhos que percorreu antes de ele nascer: o convite para escrevê-lo e a escolha pelo gênero conto; o processo de escrita, da realidade à ficção; as entrevistas realizadas com as mulheres; o diário de bordo destes encontros, registrados no percurso de criação literária; além da presença de Rodrigo Lima – produtor e poeta do projeto que financiou a produção da obra; Ilsimar de Jesus, uma das mulheres entrevistadas, ativista pelo direito das mulheres-mães que perderam os filhos para a violência de Estado, prefacista do livro; Natália Rito, ilustradora; e Carol Brito, cantora e compositora de sete canções inspiradas nos contos da obra. Um encontro em que a palavra nasce e renasce em arte e em vida. O parto é coletivo.

17h – Audiovisual / Diaspóricas 2
A música brasileira é uma mulher negra e o encontro de mulheres em diáspora é capaz de ressignificar as opressões estruturais do racismo e do sexismo. As histórias das musicistas goianas Flávia Carolina, Kesyde Sheilla, Maximira Luciano e Inà Avessa se cruzam em um encontro musical e ancestral inédito para rememorar o passado e pensar um afrofuturo de possibilidade ao povo negro. Elas são terra, fogo e ar que, quando se encontram, se tornam o movimento das águas para fazer fluir a vida por meio da música.


Sexta, 12 de setembro
19h – Música / Tempo Vivo – MC Marechal Convida Medusa Andarilha
Marechal Convida Medusa é mais do que um show — é um chamado. No palco, não há dono; as palavras têm peso e cada batida pulsa nossa história. É poesia que respira no tempo, música que abraça o agora e conecta o que fomos com o que ainda seremos.


Sábado, 13 de setembro
18h – Dança / Vogue Funk
Das vielas para os palcos, das batalhas nas ruas para os holofotes, dos fios emaranhados dos postes ao fio dental das gatas. É o asfalto riscado pelos crias descalços da favela contra as quedas das manas trans de salto nas balls. É baile funk ou vogue ball? É VOGUE FUNK!


Domingo, 14 de setembro
16h – Dança / Gorila de Saco: cultura popular em diálogo
Na favela da Vila Vintém (RJ) existe uma entidade, não comentada, ainda muito presente na história dos moradores. Conhecido em algumas favelas fluminenses, o Gorila de Saco era uma alternativa para aqueles que queriam curtir o carnaval, mas não tinham dinheiro para participar dos grupos de Clóvis. As tiras de saco plástico que constroem o seu corpo são as mesmas que nos conduzem ao encontro dessas memórias, embaladas pelas vozes e corpos de quem, hoje, deseja reescrever essa história. O espetáculo evoca a potência manifesta do Gorila de Saco das travessas e becos onde ele ficou marcado pela violência, para reencantar essa entidade junto de quem, pouco a pouco, movimenta o seu retorno pacífico para o carnaval e a sua afirmação enquanto figura importante da cultura popular.

SESC TIJUCA

Sábado, 06 de setembro
14h – Iroko: Encontro de Contadores de Histórias
com Tatiana Henrique, Ricardo Jaheem e Quilombo Etu
Convida o público a se reunir em torno da palavra viva, conduzida por Tatiana Henrique, Ricardo Jaheem e Quilombo Etu. Como o Iroko – árvore sagrada que atravessa tempos e mundos – este encontro celebra a força da oralidade como raiz, rito e resistência. Entre histórias ancestrais, cantos, gestos e memórias, abre-se uma roda de afeto e celebração, onde tradição e futuro se entrelaçam em festa.

18h – Audiovisual / Sessão de Curtas
Congresso Internacional de Pássaros (4 min.) + Teatro de Máscaras (23 min.) + Inimigos Mortais e Outras Bobeiras (15 min.)


Terça, 09 de setembro
19h – Música / Muato – Derê – Concerto Solo sobre o Pagode

Muato se expressa através de sua voz, violão de 8 cordas, guitarra, baixo elétrico, pedais de loop, delays, samples e outros recursos tecnológicos, para entregar ao público um espetáculo poético musical com repertório baseado no Pagode, gênero que nasceu no subúrbio carioca nos anos 90. Em participação especial ao show, a artista da palavra Valen traz ao palco a força do slam poetry, arte de resistência que transforma vivências em versos e performance.


Quarta, 10 de setembro
17h – Audiovisual / Diaspóricas 2
A música brasileira é uma mulher negra e o encontro de mulheres em diáspora é capaz de ressignificar as opressões estruturais do racismo e do sexismo. As histórias das musicistas goianas Flávia Carolina, Kesyde Sheilla, Maximira Luciano e Inà Avessa se cruzam em um encontro musical e ancestral inédito para rememorar o passado e pensar um afrofuturo de possibilidade ao povo negro. Elas são terra, fogo e ar que, quando se encontram, se tornam o movimento das águas para fazer fluir a vida por meio da música.

19h – Audiovisual / Diga meu nome
Diga meu nome é um documentário que conta a história de duas mulheres trans brasileiras na luta pelo direito a ter o nome e o gênero com o qual se identificam em todos os documentos oficiais e que buscam respeito de suas famílias e da sociedade. Selem, 45 anos, é uma travesti; Diana, 22, mulher transexual.


Quinta, 11 de setembro
15h – Literatura / O Sertão é o Mundo
O projeto O Sertão é o Mundo vem acontecendo desde o ano de 2005, quando foi criado o núcleo de estudos sobre a obra de João Guimarães Rosa. O projeto consiste em realizar leituras dramatizadas e musicadas de trechos da obra do grande autor mineiro, através das linguagens da literatura, do teatro e da música. São realizados estudos de seus textos e a cada edição (grupo de apresentações) são escolhidos recortes dos textos para interpretação e musicalização, levando ao público o universo do sertão roseano e a imagética de sua literatura, de forma lúdica e sonorizada, ampliando o conhecimento de sua obra e o interesse pela literatura brasileira, com objetivo de unir educação, literatura e cultura.

16h – Literatura / Sinais da Poesia
O projeto Sinais da Poesia promove a inclusão da cultura surda por meio da poesia em formato SLAM, destacando a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como ferramenta artística. Em parceria com o INES, a iniciativa oferece oficinas de SLAM e Libras, culminando em apresentações poéticas e um show acessível.

18h – Música / Tribo de Gonzaga
18h às 19h: Aulão de forró + 19h às 21h: Show
Tribo de Gonzaga é um grupo de forró com repertório autoral, 18 anos de banda e 4 discos lançados. Tem como influência artistas como Cátia de França, Hermeto Pascoal, Luiz Gonzaga, Dominiguinhos, Amelinha, Alceu Valença e outros… O espetáculo é um convite a um mergulho musical pela cultura nordestina e suas influências poéticas, ancestrais, rítmicas, melódicas e harmônicas.


Sexta, 12 de setembro
15h – Literatura / Cazuza, o lance da poesia
Através da poesia falada, Ramon Nunes Mello apresenta a trajetória poética de Cazuza: a beleza de sua poesia e, sobretudo, a relação legítima que ele cultivou entre a literatura e a música – que sempre foi assim, desde a adolescência. A performance poética é uma celebração da vida e obra de Cazuza, artista que enfrentou a aids, com dignidade e coragem – justamente o que permanece de Cazuza, além de seus belos versos.


Domingo, 14 de setembro
18h – Dança / Vogue Funk
Das vielas para os palcos, das batalhas nas ruas para os holofotes, dos fios emaranhados dos postes ao fio dental das gatas. É o asfalto riscado pelos crias descalços da favela contra as quedas das manas trans de salto nas balls. É baile funk ou vogue ball? É VOGUE FUNK!

Percurso Formativo – Tempo e Festa

Em 2025 o Percurso Formativo do projeto Palavra Líquida, em parceria com o Turismo Social do Sesc RJ, deseja pensar como o Rio de Janeiro absorve a ideia de Tempo e Festa, tema da edição 2025, a partir dos territórios que compõem a região metropolitana.

Nas religiões de matrizes Angola-Congo, Tempo é uma divindade (Kitembo/Dembwa), que não se confunde com o cronos ocidentalizante; já Festa, no idioma quimbundo, é Kizomba: encontro, confraternização, festa do povo. Tais proposições, contudo, não eliminam o fato de que há uma gramática dessas duas palavras que operam no cotidiano e afetam a configuração diária de existência.

Assim, o Percurso Formativo, de forma reflexiva, quer pensar como esses dois substantivos são elaborados na vida comum. Em formato híbrido – encontros onlines e Aulas-passeio presenciais – a ideia é vivenciar modos de circulação e presença, temporalidades e encontros, bem como compreender de que modo o contato diário entre pessoas e lugares influencia a maneira como habitamos o Rio de Janeiro.


Visitaremos locais como Cacique de Ramos, Jongo da Serrinha, Aldeia Indígena Mata Verde Bonita, Quilombo Enraizados, Quilombo do Feital e Renascença. Serão disponibilizados ônibus e os pontos de partida acontecerão a partir das unidades Sesc Tijuca, Sesc Nova Iguaçu e Sesc São Gonçalo. Os encontros online serão realizados via Plataforma Teams. Mais detalhes serão enviados após a confirmação das inscrições.

Calendário Percurso Formativo

16/08 – Presencial: Cacique de Ramos com Nei Lopes e Walter Pereira com guiamento de Gabriel Capella
23/08 – Online
30/08 – Presencial: Quilombo do Feital
06/09 – Online
13/09 – Presencial: Aldeia indígena Mata Verde Bonita
20/09 – Online
27/09 – Presencial: Jongo da Serrinha
04/10 – Online
11/10 – Presencial: Quilombo Enraizados
18/10 – Online
25/10 – Presencial: Renascença
01/11 – Online
08/11 – Presencial: Centro do Rio de Janeiro

INSCRIÇÕES ENCERRADAS!

Período de inscrição: 06/08 a 13/08

Conferência de Lançamento
com Ana Maria Gonçalves

15 de agosto de 2025 às 19 horas
Auditório da Fecomércio RJ
Rua Marquês de Abrantes, 99, Flamengo.
Evento com acessibilidade em libras

Ana Maria Gonçalves tem sido uma voz essencial na construção de uma literatura não restrita a nichos, mas que disputa ativamente a narrativa oficial da história do Brasil. Seu romance “Um Defeito de Cor” tem sido amplamente lido por diferentes públicos, provando que a literatura negra transcende limites mercadológicos e interessa a todas as pessoas.

Ana Maria Gonçalves nasceu em Ibiá, MG, em 1970. É sócia fundadora da Terreiro Produções. Trabalhou com Publicidade até 2001. É autora de Um Defeito de Cor (Editora Record), ganhadora do Prêmio Casa de las Américas (Cuba, 2007). É roteirista (Rio Vermelho), dramaturga (Chão de Pequenos, Tchau, Querida! e Pretoperitamar) e professora de escrita criativa. Eleita pela Academia Brasileira de Letras em 2025.

É co-curadora da exposição “Um defeito de cor”, atualmente no SESC Pinheiros em SP. Foi consultora da Escola de Samba Portela, que teve “Um defeito de cor” como tema de seu desfile 2024. Foi escritora-residente de universidades como Tulane University, Middlebury College e Stanford University, e já ministrou cursos e palestras em vários países da América e da Europa. Atualmente mora no Rio de Janeiro e escreve livros e roteiros para cinema, teatro e televisão.