O Palco Giratório, reconhecido no cenário cultural brasileiro como um importante projeto de difusão e intercâmbio das Artes Cênicas, intensifica a formação de plateias a partir da circulação de espetáculos dos mais variados gêneros desde 1998.

Além de apresentações para todas as faixas etárias, uma vasta programação de oficinas, festivais, mesas-redondas e palestras é realizada com a participação ativa da comunidade, artistas locais e convidados, promovendo uma troca de experiências enriquecedoras, divulgando o trabalho de profissionais de todo o país e gerando emprego para os inúmeros trabalhadores que atuam no circuito. Os espetáculos selecionados pela curadoria coletiva com técnicos do Sesc de diversas regiões do país têm como características a mistura de sotaques, as diferentes expressões artísticas e modos de criação.

Conheça a programação selecionada para participar da etapa Rio de Janeiro.

Programação Rio de Janeiro 2025

CIRCO SCIENCE - DO MANGUE AO PICADEIRO

Trupe Circus (Escola Pernambucana de Circo) (PE)

10/10 e 11/10 | 15h | Sesc Nova Iguaçu

Sinopse

O espetáculo é uma grande homenagem ao ícone pernambucano da cultura pop dos anos 90 e 2000, que foi Chico Science e o Movimento Manguebeat que mudaram o cenário da música brasileira. Através dos números circenses, das coreografias, das expressões, da nossa militância, o público conhece ou revive grandes sucessos do Mestre Chico Science e dos ritmos mais atuais do momento, o que as periferias escutam, o que dançam, o que vestem, como se movimentam, como se definem, como se mostram e querem ser reconhecidos. Mergulhamos numa pesquisa de como somos: artistas, negros e negras, gays, periféricos, e como tudo do pensamento de Chico ainda é tão atual para esses jovens que fazem arte e cultura nas periferias do Recife/PE.

Ficha técnica

Produção: Escola Pernambucana de Circo | Realização: Trupe Circus | Elenco: Bruno Luna, Gabriel Marques, Ítalo Feitosa, João Fernando, João Victor e Maria Karolaine | Roteiro e Dramaturgia: Fátima Pontes | Direção: Ítalo Feitosa | Assistência de Direção: Fátima Pontes | Músicas: Chico Science | Direção Musical/remixagem das músicas: Vibra DJ e equipe (D Mingus, Magi Brasil e Ugo Barra Limpa) | Execução da Sonoplastia: Blau Lima | Preparação de elenco: Felipe Braccialli, Fátima Pontes, Lu Lopes (Palhaça Rubra) e Carol Melo | Coreografias: Patrícia Costa, Ítalo Feitosa e Trupe Circus | Figurino: Marcondes Lima | Execução do Figurino: Maria Lima | Projeto de Iluminação: Felipe Braccialli e Tales Pimenta | Execução de Iluminação: Felipe Braccialli | Concepção de Cenário: Bruno Luna, Carol Melo, Fátima Pontes, Ítalo Feitosa e Lu Lopes | Confecção da estrutura circense cenográfica: Diego Ferreira/Aerius Soluções em Alturas | Videocenografia: Gabriel Furtado | Contrarregras: Karen Persolino e Thalita Andrade | Fotos do centro de Recife: Nando Chiappetta | Tipografia Manguebats: Gustavo Gusmão, Jota Bosco, Kboco, Leonardo Buggy e Plínio Uchôa Moreira | Fotógrafos: Felipe Braccialli e Rogério Alves | Designer: Cláudio Lira | Textos/Frases de Chico Science: https://acervochicoscience.com.br/ – Acervo Virtual Familiar da memória escrita de pensamentos, poesias e ideias de Chico Science | Consultoria: Louise França, Goretti França e Priscila Moreira.

Sobre o grupo

Criada em 2002, a Trupe Circus é composta por jovens negros e negras, pardos e pardas, mulheres, LGBTs e periféricos que se formaram desde crianças na Escola Pernambucana de Circo e hoje são artistas circenses profissionais. Com mais de 15 montagens em seu repertório, trabalhamos com uma dramaturgia própria que traz nossa militância social atrelada à nossa diversidade cultural nordestina e brasileira, o que nos transformou numa Trupe Circense que tem uma identidade técnica e estética próprias e com o diferencial de um trabalho essencialmente coletivo, porque atuamos através da pedagogia do circo social que tem a Educação Popular como base de sua metodologia e ideologia/ação sociopolítica e cultural.

PARTO PAVILHÃO

Aysha Nascimento, Naruna Costa, Jhonny Salaberg (SP)

18/10 | 18h | Sesc São João de Meriti
17/10 | 19h | Sesc Nova Iguaçu

Sinopse

Rose, ex-técnica de enfermagem e detenta de uma penitenciária provisória para mães, ajuda as mulheres nos partos, nos cuidados com os filhos e a suportar o peso dos dias dentro das celas. Foi mãe dentro da penitenciária e conhece o cotidiano e os segredos desse labirinto. Aos poucos ganha a confiança de todo o pavilhão e da diretora do presídio, com quem tricota roupinhas de lã para os bebês quase todas as tardes. Tudo muda quando, durante um jogo da seleção brasileira, ela pega um molho de chaves em uma gaveta aberta. Classificação etária: 14 anos. Duração: 60 minutos.

Ficha técnica:

Idealização e Dramaturgia: Jhonny Salaberg | Direção: Naruna Costa | Atuação: Aysha Nascimento | Musicista em cena: Reblack | Direção musical e Composições: Giovani Di Ganzá | Preparação corporal e coreografia: Malu Avelar | Cenografia e Figurino: Ouroboros Produções | Artísticas – Carolina Gracindo, Thais Dias e Iolanda Costa | Desenho e operação de luz: Gabriele Souza | Sonoplastia e operação de som: Tomé de Souza | Identidade visual: Sato do Brasil | Fotos: Edu Luz e Noelia Nájera | Produção: Washington Gabriel e Corpo Rastreado

Sobre as artistas

Aysha Nascimento é atriz, dançarina, diretora de teatro, curadora e preparadora corporal. Formada pela Escola Livre de Teatro de Santo André e licenciada e bacharelada em Dança pela Universidade Anhembi Morumbi. Mestranda em Artes da Cena na Turma Especial/Laboratório em Artes e Mediação Cultural na Escola Superior de Artes Célia Helena em parceria com a Escola Itaú Cultural. Cofundadora da companhia de teatro de rua Cia. dos Inventivos e do grupo de teatro negro Coletivo Negro. Integrou como intérprete criadora a companhia de dança negra contemporânea Cia. Sansacroma e Núcleo Ajeum. Nos últimos anos participou do elenco do espetáculo Gota d´água {Preta}, texto de Chico Buarque e Paulo Pontes e dirigido por Jé Oliveira; Nizinga, com dramaturgia de Dione Carlos, onde divide a direção com Flávio Rodrigues e Bruno Garcia; além de produções autorais dos seus grupos de pesquisa e convites em trabalhos avulsos. | Naruna Costa é atriz, cantora, compositora e diretora de teatro. Sua atuação se caracteriza pela valorização poética das periferias paulistanas e da presença negra no cenário cultural. Ao longo de uma década e meia, Naruna se firma no mundo artístico brasileiro graças ao impacto político e estético de seus trabalhos em teatro, televisão, cinema e música. Suas escolhas de personagens ilustram a resistência à opressão social e aos abismos econômicos do país. Formada na Escola de Arte Dramática – ECA/USP, é cofundadora do Espaço Clariô e do premiado Grupo Clariô de Teatro em Taboão da Serra/SP, onde também lidera o grupo de pesquisa de música urbana de raiz popular Clarianas com três discos gravados. No audiovisual contém diversos trabalhos na TV e no Cinema desde 2006 e atualmente protagoniza a série Irmandade da plataforma de streaming Net-ix. Recentemente recebeu o Prêmio Shell de Teatro na categoria Música pela direção musical do espetáculo Boi Mansinho E a Santa Cruz do Deserto do Grupo Clariô de Teatro, que também foi premiado no Prêmio APCA na categoria Melhor Dramaturgia (assinada também por Naruna) e no Prêmio Leda Maria Martins na categoria Ancestralidade. Já havia sido premiada no prêmio APCA na categoria Melhor Direção pelo espetáculo Buraquinhos ou O vento é inimigo do picumã de Jhonny Salaberg, se tornando a primeira mulher negra a ganhar o prêmio na categoria, desde sua criação em 1956. | Jhonny Salaberg é ator e dramaturgo. Natural de Guaianases, zona leste de São Paulo. Formado pela Escola Livre de Teatro de Santo André. Cofundador do grupo de teatro negro O Bonde. Autor de três livros de dramaturgia: Buraquinhos ou O vento é inimigo do picumã (espetáculo premiado e indicado em 12 categorias pelos principais prêmios de teatro do país – 2018), Mato Cheio (2019) e Parto Pavilhão (com publicação em 2021 e estreia em 2024 com atuação de Aysha Nascimento e Direção de Naruna Costa, indicado ao Prêmio Shell nas categorias Direção e Dramaturgia); todos publicados na Coleção Dramaturgia da Editora Cobogó/RJ. As três obras configuram a Trilogia da Fuga, pesquisa de oito anos sobre o corpo negro em fuga a as estratégias de sobrevivência através do realismo fantástico. Contém cerca de 9 peças encenadas em parceria com companhias de teatro do Estado de São Paulo. Pesquisa e realiza trabalhos que unem teatro e discussões sobre o contexto étnico-racial no Brasil. Suas criações são adotadas como referência e material de estudo em universidades Estaduais/Federais, Escolas de Teatro no Brasil, bem como estudos de Teatro Negro na Noruega e Dramaturgia Afro-diaspórica na França.

FIANDEIROS DE TEMPO

Coletivo Iluminar (AC)

17/10 | 19h | Sesc São João de Meriti
18/10 | 19h | Sesc Nova Iguaçu

Sinopse

Um monólogo teatral sobre o modo de vida dos seringueiros/ ribeirinhos/castanheiros/pescadores/rezadores do nosso Acre. O espetáculo conta a história do homem ribeirinho e o seu modo de vida: causos, histórias, suas músicas ao som do espanta-cão instrumento criado genuinamente no Acre, suas rezas por meio da cultura, das benzeduras e crenças da religiosidade católica-popular regional e características das particularidades em meio à vida às margens dos rios dessa nossa imensa Amazônia Acreana. A proposta do espetáculo surgiu a partir da leitura do artigo científico intitulado Os Ribeirinhos e suas relações com os saberes, de Maria Aldecy Rodrigues de Lima. O trabalho revela o modo de vida, mazelas, a realidade amazônica e os ecos que emanam da história dos ribeirinhos. Também considera a terra e o rio fiandeiros na construção de sentidos na vida desses povos. O trabalho cênico em questão, que Já circulou através do Circuito Sesc Amazônia das Artes, 9 capitais dessa nossa Amazônia Legal Brasileira, foi idealizado pelo ator Victor Onofre, comendado pela honra do Mérito Cultural Lins Sampaio 2021, em Cruzeiro do Sul, sua cidade natal, pesquisador, diretor, ator e produtor do espetáculo Fiandeiro de Tempos.

Ficha Técnica

Direção, atuação, pesquisa e produção: Victor Onofre | Codireção: Arnaldo Lima | Texto e Dramaturgia: Quilrio Farias, Dino Lambada e Victor Onofre | Criação Musical: Marcos Casas e Quilrio Farias | Iluminação: Luiz Rabicó | Direção de Arte: Dino Camilo, Jaqueline Chagas | Assistente de Produção: Lucca Lima | Direção fotográfica: Marcos Antonio | Operação de luz: Marques Izitio Alves.

Sobre o grupo

Coletivo Iluminar criado por Victor Onofre, Jhon Gomes e Marcos Antônio, tem como compromisso de criação, produção e pesquisa o resgate da memória do Acre, sendo assim já se somam 3 espetáculos, entre eles DançaPoema, onde o mesmo resgata a sonoridade de dois CD´s (FaladoPoema e AcrInstrumental) produzidos pelo artista e músico acreano João Veras, onde o mesmo reúne composições poéticas de vários artistas, narrados pelos mesmos e musicaliza, sendo assim 10 anos mais tarde o coletivo resgata essa sonoridade e transforma em um espetáculo de dança na partitura corporal de Jhon Gomes que o coreografa e transforma em dança, assim como também Cubo, espetáculo de criação de Marcos Antônio que retrata a vida cotidiana de um casal acreano, usando a técnica de Rudolf Laban para conduzir o formato do enredo. Fiandeiro de Tempos, embora sua ideia tenha surgido em 2015, só foi estreado em dezembro de 2021, depois de anos de pesquisa, roteirização, laboratório e reuniões acerca de ideias e formatos, é um trabalho que se caracteriza como experimental por ser um trabalho contínuo em virtude da pesquisa realizada pelo ator Victor Onofre, que a cada momento insere novos elementos do cotidiano dessas figuras que vivem as margens dos rios do Acre, trazendo suas histórias/memórias, através do resgate e da valorização do patrimônio imaterial do nosso estado e que acaba fazendo um paralelo com toda a figura amazônica que vive as margens dos rios dessa imensa Amazônia. Fiandeiro de Tempos circulou o Projeto Sesc Amazônia das Artes 2023, participou do XI JITOU Jornadas Internacionais de Teatro do Oprimido 2024 e foi o espetáculo convidado a se apresentar na 22 Semana Nacional de Museus Educação e pesquisa, que aconteceu de 15 a 16 de Maio de 2024, no Museu dos Povos Acreanos em Rio Branco Acre.

Ações Formativas

07/10 | Oficina Iniciação às técnicas circenses para crianças, adolescentes e jovens

com Trupe Circus (Escola Pernambucana de Circo)

07/10 | 15h | Sesc Nova Iguaçu

Oficina Iniciação às técnicas circenses para crianças, adolescentes e jovens.

16/10 | Oficina de Teatro Parir Imaginários

com Aysha Nascimento (SP)

16/10 | Sesc Nova Iguaçu

Propondo uma investigação cênica a partir dos estudos práticos utilizados na montagem do espetáculo, a oficina irá elaborar jogos teatrais, experimentações de oralidade e construções de imagem, suscitando reflexões cênicas sobre representações e pontos de vistas na reconstrução de narrativas já existentes e resgate de subjetividades inexistentes.

16/10 | Oficina de Dramaturgia: Dramaturgia do Ser Ribeirinho

16/10 | Oficina | Sesc São João de Meriti

Explorar e valorizar a cultura ribeirinha do Acre através da dramaturgia, proporcionando aos participantes a oportunidade de conhecer e expressar a história e o cotidiano dessa comunidade por meio do teatro.

Ação Reflexiva – Pensamento Giratório

08/10 | A importância do circo social para as artes circenses no Brasil ao longo dos últimos 20 anos (CE)

08/10 | 17h | Sesc Nova Iguaçu

Catálogos