Sobre

Promovido pelo Sesc desde 1998, o Sonora Brasil é um projeto que apresenta programações musicais e faz parte da proposta de desenvolvimento das artes, com enfoque na valorização, na preservação e na difusão do patrimônio cultural brasileiro.

No biênio 2024/2025, sob a temática “Encontros, tempos e territórios”, o artistas foram convidados para se unirem em duplas e criarem dez espetáculos inéditos para o projeto. Os encontros mostram a relação entre tempos históricos e territórios nas criações artísticas e trazem em suas músicas a relação com diferentes movimentos da música popular brasileira nas cinco regiões do país.

Centro Cultural Sesc Quitandinha

A etapa no estado do Rio de Janeiro do Sonora Brasil 2025 acontece no Centro Cultural Sesc Quitandinha, situado na cidade de Petrópolis.

Saiba mais o Centro Cultural Sesc Quitandinha

Programação

Qua, 24/09 | 19h - Escuta Sonora - Edição Sesc Pulsar

Escuta Sonora é mais que uma atividade: é um espaço vivo de diálogo e conexões culturais. Uma roda aberta para quem cria, pensa e respira arte — movendo a classe artística em direção a novos objetivos coletivos.

Nesta edição, o foco é o Edital Sesc Pulsar: vamos receber a equipe responsável por compor e avaliar o projeto, abrindo o jogo sobre dúvidas artísticas e administrativas que muitos artistas carregam.

O microfone está aberto para todas as linguagens artísticas. Traga sua escuta, sua pergunta e sua visão. Vamos construir juntos!

Inscrições em breve.

Gratuito. Classificação Livre.

Qui, 25/09 | 19h - MASTERCLASS DE CAVAQUINHO COM JONATAN FRANCISCO

Jonatan Francisco, construiu sua trajetória a partir do samba e se consolidou como educador, instrumentista e diretor musical, com ênfase no ensino e na performance do banjo e do cavaquinho. Como educador é referência em lecionar cavaquinho e banjo em aulas particulares e em escolas de música, sendo convidado a integrar o quadro de professores da plataforma TV Cifras, onde suas videoaulas de banjo e cavaquinho somam milhões de visualizações em todo o mundo.

É idealizador do projeto Notas e Acordes, autor da apostila Curso Prático de Cavaquinho (Escalas) e criador do curso online Cavaquinho 2.0. Atualmente, ministra aulas presenciais em seu estúdio JFB Music e aulas online para alunos no Brasil e no exterior. Seu canal no Youtube já reúne 70 mil inscritos.

Inscrições em breve.

Gratuito. Classificação 16 anos.

Sex, 26/09 | 19h - Mãe Beth de Oxum & Surama Ramos e Henrique Albino (PE)

O Coco de Umbigada é uma tradição mantida pela família do percussionista pernambucano Mestre Quinho desde o século passado. A brincadeira foi revitalizada há 26 anos depois que Mãe Beth de Oxum, ialorixá, mestra coquista e ativista cultural de Olinda, entrou na vida de Quinho. Eles se casam e reativam o antigo tambor de macaíba, que promovia o coco no passado.

Nos palcos e nas gravações, além de Mãe Beth e Mestre Quinho, participam seus filhos Oxaguian, Ialodê, Mayra Karê e Inayê. Em 2008, o grupo gravou um disco independente e, em 2017, lançou o álbum “Tá na Hora do Pau Comer”, que resultou em uma turnê pelo Brasil e Europa, com casas lotadas e aclamação do público e da crítica.

Para este show, Mãe Beth recebe Surama Ramos, formada em canto lírico e música, na UFPE, suas experiências abriram as portas de óperas, corais populares, como o grupo Voz Nagô, idealizado por Naná Vasconcelos, e projetos inovadores, como a Orquestra Contemporânea de Olinda. Entre elas está Henrique Albino – multi-instrumentista, compositor e arranjador, vem se consolidando como referência experimental pela originalidade da sua obra, em que se destaca o álbum solo “Música Tronxa” (2021).

Gratuito. Classificação Livre. Acessibilidade em Libras.

Sáb, 27/09 | 11h - Seu Risca & Ana Paula da Silva (SC)

Diálogo entre as canções nascidas na vivência de Ana Paula da Silva com manifestações populares de Santa Catarina e os cânticos entoados por mais de 50 anos pelo Seu Risca. Um encontro de vozes e batidas de tambores destes dois artistas, acompanhados da sonoridade de instrumentistas experientes em manifestações culturais. Bateria e percussão, baixo elétrico, sax e flauta, viola, violões e coro caminham pelo Catumbi, pela Dança do Vilão, por rezas de caboclas e caboclos. As canções buscam proporcionar reflexões, surpresas e curiosidades ao que pulsa pela Baía da Babitonga e pela região do planalto serrano catarinense.

Gratuito. Classificação Livre. Acessibilidade em Libras.

Sáb, 27/09 | 14h - Oficina de Guitarra a Brasileira com Manoel Cordeiro

A oficina de guitarra amazônica consiste no ensino e reflexão das levadas, linguagem e bases conceituais da guitarrada, brega e carimbó paraense. Desse modo, deixa-se um legado importante na disseminação da música do norte do Brasil e sua relevância pro contexto geral da música brasileira.

Inscrições em breve.

Gratuito. Classificação 16 anos.

Sáb, 27/09 | 16h - Mestre Negoativo (MG)

Ramon Lopes, mais conhecido como Mestre Negoativo, é ativista cultural e capoeirista, pesquisador das tradições afro-mineiras de origem bantu principalmente o vissungo. É fundador do Centro Cultural Lamparina, autor do livro Capoeiragem no país das Gerais e diretor dos documentários “Lamparina – Bantus nas Minas Gerais” e “O reencontro das cordas ancestrais” gravado na África no Senegal. Originário da comunidade do Maria Goretti, situada na região nordeste da capital mineira, Negoativo cresceu rodeado pela cultura afro-brasileira, na capoeira e na celebração ancestral dos terreiros, além dos bailes blacks da capital mineira. Estas influências foram fundamentais para que Mestre Negoativo fundasse a banda Berimbrown, trabalho que ganhou projeção nacional com seu “congopop”, uma mistura de funk, reggae, samba, congada, folia de reis e soul music, promovendo a mescla da sonoridade do berimbau e os tambores afro-mineiros ao funk de James Brown, dividindo palcos e estúdios com artistas como Gerson King Combo, Sandra de Sá e Milton Nascimento. Atualmente desenvolve pesquisas sobre o Arco Musical, o Berimbau de Barriga, seus processos históricos e as transformações da musicalidade de matriz-africana na transição para o século XXI.

Gratuito. Classificação Livre. Acessibilidade em Libras.

Sáb, 27/09 | 14h - Workshop Sons da fronteira com Marcelo Loureiro

Workshop musical, apresenta os aspectos culturais e históricos dos gêneros musicais da região da fronteira do Brasil com o Paraguai e do Pantanal, e introduz os conceitos e as aplicações da tecnologia musical nas artes sonoras.

Inscrições em breve.

Gratuito. Classificação Livre.

Dom, 28/09 | 11h - Geraldo Espíndola & Marcelo Loureiro (MS)

Geraldo Espíndola & Marcelo Loureiro, dois dos maiores ícones da música do Centro-oeste, apresentam o show “Saudações Pantaneiras”, que levará aos palcos das principais cidades do norte e do nordeste brasileiros um convite ao público para deleitar-se com a beleza da música sul-mato-grossense. Seu repertório traz arranjos inéditos de Marcelo Loureiro para sucessos de Geraldo Espíndola, como “Vida Cigana”, “Kikiô” e “Cunhataí Porã”.

Marcelo Loureiro também apresentará suas versões instrumentais sofisticadas para músicas como “Pantanal”, de Marcus Viana, “Mi dicha Lejana”, de Emígdio Ayala Baez, “Cascada”, de Dino Garcia, assim como para outros clássicos dos ritmos fronteiriços, com as rearmonizações inigualáveis desse multi instrumentista.

Gratuito. Classificação Livre. Acessibilidade em Libras.

Dom, 28/09 | 16h - Manoel Cordeiro e Felipe Cordeiro (PA)

Manoel Cordeiro é multi-instrumentista e produtor musical com reconhecimento nacional e internacional. Nasceu em Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó (PA), em 1955. Entre 1979 e 1996, atuou em centenas de discos, consolidando a música popular paraense no norte e nordeste. Pioneiro em ritmos como lambada e brega, gravou com artistas como Banda Carrapicho, Beto Barbosa e Banda Warilou. Em 2015, lançou o primeiro álbum solo “Manoel Cordeiro & Sonora Amazônia”, seguido por “Combo Cordeiro”, em 2016, ao lado do filho Felipe, e “Guitar Hero Brasil”, em 2019. Manoel segue compondo, realizando shows, se reinventando e influenciando gerações .

Felipe Cordeiro é músico, compositor e guitarrista que se destaca pela fusão de ritmos amazônicos tradicionais, como carimbó e lambada, misturados ao pop, rock e à música eletrônica. Filho do guitarrista e produtor Manoel Cordeiro, ele iniciou seus estudos musicais aos 11 anos. Com álbuns como “Kitsch Pop Cult” (2011) e “Transpyra” (2019), o artista nos embala com seu “Pop Tropical”, inovando a cena musical paraense e brasileira com uma abordagem contemporânea e experimental.

Gratuito. Classificação Livre. Acessibilidade em Libras.

Dom, 28/09 | 14h - OFICINA PRÁTICA DE JAM SESSION – HENRIQUE ALBINO

Já pensou em criar música na hora, junto com outras pessoas? Na nossa oficina de improvisação musical, a turma se divide em Palco e Público para experimentar, brincar e construir sons coletivos. Vamos falar de escuta ativa, testar melodias, ritmos e harmonias, deixar o improviso fluir e descobrir como o caos pode virar música. No final, todo mundo toca e cria junto, numa grande celebração sonora cheia de trocas e aprendizados.

Inscrições em breve.

Gratuito. Classificação 16 anos.

Dom, 28/09 | 14h - Oficina: Corpo-Música–Interpretação com ANA PAULA DA SILVA

Um mergulho criativo no corpo, na voz e na palavra como caminhos de expressão. Vivência com aquecimento, práticas de acolhimento, improvisação, escuta e criação de partituras pessoais. Um espaço para despertar a mente intuitiva, alimentar a presença e fortalecer a expressão artística. Indicado para quem já tem experiência com canto, voz, interpretação ou composição. Leve roupas leves, caderno de notas e um poema ou canção para compartilhar. Com a condução de Ana Paula, Mestra em Música e artista premiada, com 28 anos de trajetória e oficinas realizadas no Brasil e na Argentina.

Inscrições em breve.

Gratuito. Classificação 14 anos.

PODCAST

 

ENCONTROS, TEMPOS E TERRITÓRIOS

A música é uma forma de expressão e comunicação, capaz de despertar sentimentos e emoções. Ela conecta pessoas, territórios, culturas e gerações. É um meio para desenvolver habilidades, preservar conhecimentos e ampliar experiências estéticas e criativas. A partir desta premissa, o Sonora Brasil é um projeto que tem como objetivo desenvolver programações musicais com temáticas relacionadas à cultura brasileira. A estratégia de estipular um eixo curatorial a partir de um recorte temático a cada ano busca criar a produção de conhecimento, proporcionar experiências ricas e diversificadas aos públicos e fortalecer a Rede Sesc de Música, formada por profissionais de todos os estados brasileiros, otimizando recursos no compartilhamento de ideias e fortalecendo a efetividade da ação.

No biênio 2024/2025, a temática “Encontros, tempos e territórios” destaca um aspecto fundamental do Sonora Brasil, que é o olhar, a escuta e a valorização das territorialidades, da diversidade e das memórias por meio da expressão de seus autores e intérpretes.    Ao entender a música como produto de tempo e território que reflete e dialoga com a sociedade e tempos históricos. A curadoria, composta por profissionais do Sesc dos 27 Departamentos Regionais e três Polos do Sesc representando todos dos estados do Brasil, partiu de uma representatividade das cinco regiões e do conceito de intergeracionalidade  e diálogos entre tradição e contemporaneidade, local e universal para selecionar um grupo diverso de 20 artistas. Os artistas foram convidados para se unirem em dez duplas e criarem espetáculos inéditos para o projeto. Os encontros mostram a relação entre tempos históricos e territórios nas criações artísticas e trazem em suas músicas, paisagens de territórios a relação com diferentes movimentos musicais da música popular brasileira nas cinco regiões do país.

Representando a região Norte, os paraenses Manoel Cordeiro e Felipe Cordeiro, respectivamente pai e filho, trazem a fusão de ritmos amazônicos como guitarrada, lambada, carimbó à música eletrônica e pop. De Rondônia, o veterano cantor e compositor de MPB e referência da região, Bado, se une a Banda Quilomboclada, e ao rap de Sandra Braids para apresentarem a MPBera, movimento em defesa de uma identidade própria rondoniense que revaloriza a identidade ribeirinha, através do termo local beradero.

Representando a região Nordeste,  Chau do Pife, virtuoso que rompe as fronteiras tradicionais desse instrumento musical e a jovem cantora Andréa Laís com sua ancestralidade representam a força da música alagoana. De Pernambuco, a mestre Coquista Mãe Beth se une ao Duo SH formado pelo arranjador e multi-instrumentista Henrique Albino referência da nova geração do frevo pernambucano e versátil cantora Surama, que transita pelo canto lírico e popular, para criarem um espetáculo inédito.

Representando a região Centro-Oeste, do Mato Grosso do Sul, Geraldo Espindola cantor e compositor de notoriedade nos Festivais da Canção se une ao multi-instrumentista Marcelo Loureiro que com estilo único mescla diferentes formações clássicas, flamenco e influências do folclore latino, trazendo a música do cerrado entre guarânias e chamamés, a renovada alma pantaneira. De Brasília o veterano violonista Fernando César herdeiro da primeira geração de Chorões de Brasília, se une ao novo prodígio do bandolim Tiago Tunes, para mostrarem a tradição e renovação do Clube do Choro de Brasília e força deste gênero musical tão importante na música instrumental brasileira.

Do Sudeste, o carioca profícuo compositor Charlles André, referência do samba e pagode dos anos 1990 com mais de 200 composições gravadas por diversos grupos de pagode e participação em dezenas de álbuns, se une a cantora e compositora fluminense Luciane Dom, da nova geração, mostrando esta parte importante da cena musical carioca. De Minas Gerais Mestre Negoativo, ativista cultural e pesquisador das tradições Afro-Mineiras e Douglas Din um dos grandes MCs brasileiros da atualidade mostram a força e transformações da musicalidade de matriz-africana no século XXI.

Representando a região Sul, de Santa Catarina o quilombola mestre de Catumbi, Seu Risca e a premiada pesquisadora e cantautora Ana Paula da Silva irão mostrar a riqueza da música afro-brasileira de Santa Catarina. De Paranaguá o mestre da cultura caiçara Zeca da Rabeca, brincante e construtor de instrumentos, se une a curitibana artista da voz, carnavalesca, performer, figurinista e arte educadora, Melina Mulazani .

Em 2024 cinco duplas circularão pelos estados das Regiões Norte e Nordeste e as outras cinco pelas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, ao todo o projeto passará por 56 cidades realizando um total de 214 apresentações.

Catálogo

2024/2025

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