Mulheres Plurais

Leia Mulheres: conheça autoras indicadas pela nossa equipe de Cultura

No mês dedicado à força, diversidade e talento feminino, a comunicação interna do Sesc RJ, dentro da programação do Mulheres Plurais, promove uma ação especial para incentivar a leitura de autoras.

O Mulheres Plurais é uma iniciativa do Sesc RJ que promove ações voltadas ao fortalecimento das mulheres na sociedade, por meio da arte, da educação e do acesso à informação. Com uma programação diversa e acessível, o projeto busca ampliar debates sobre equidade de gênero e dar visibilidade às múltiplas vozes femininas. Saiba mais sobre o projeto aqui.

A ação destaca obras que ampliam vozes, narrativas e perspectivas femininas na literatura, reforçando o papel essencial das mulheres na construção de histórias que emocionam, provocam reflexões e inspiram.

Confira as indicações de livros escritos por mulheres para enriquecer sua leitura:

  • Ryane Leão

Jamais peço desculpas por me derramar
Segundo livro de Ryane Leão, mulher preta, poeta e professora, criadora da página onde jazz meu coração, com mais de 600 mil seguidores nas redes sociais. Seu primeiro livro, Tudo nela brilha e queima, já vendeu mais de 40 mil exemplares.

Tudo Nela Brilha e Queima
Livro de estreia de Ryane Leão, mulher negra, poeta e professora, criadora do projeto onde jazz meu coração, com mais de 150 mil seguidores nas redes.

“a poesia é minha chance de ser eu mesma diante de um mundo que tanto me silencia. é minha vez de ser crua. minha arma de combate. nossa voz ecoada. nossa dor transformada. nela eu falo sobre amor, desapego, rotina, as cidades que nos atravessam, os socos no estômago que a vida dá, o coração desenfreado, a pulsação que guia as estradas, os recomeços, os dias, as noites, as madrugadas, os fins, os jeitos que a gente dá, as transições, os discos, os tropeços, as partidas, as contrapartidas, os pés firmes que insistem em voar, e tudo isso que é maluco e lindo e nos faz ser quem somos.” – Ryane Leão

  • Mariana Salomão Carrara

Não fossem as sílabas do sábado à noite
Depois da morte de André, o lar de Ana fica dolorido. Sem o marido, ela passa a gestar a filha órfã e a lidar com Francisca, a babá que intervém com seus tentáculos de ajuda, e também Madalena, a vizinha, viúva do outro homem envolvido no absurdo acidente que vitimou André. Neste romance, com sua narrativa íntima que assombra pela concretude, a autora se consolida como uma das vozes mais urgentes da literatura brasileira de hoje.

  • Socorro Acioli

 A Cabeça do Santo
Desenvolvido na oficina de Gabriel García Márquez, o romance de Socorro Acioli conta a história de um jovem que descobre possuir o fantástico dom de ouvir as preces das mulheres para Santo Antônio. Pouco antes de morrer, a mãe de Samuel lhe faz um último pedido: que ele vá encontrar a avó e o pai que nunca conheceu.

Oração para desaparecer
Primeiro romance de Socorro Acioli após A cabeça do santo , Oração para Desaparecer conta a história de uma mulher que, sem lembrança nenhuma de seu passado, precisa reconstruir a vida em um lugar completamente desconhecido, apenas com a língua portuguesa como porto seguro.

  • Noemi Jaffe

Lili: Novela de um luto
Em fevereiro de 2020, aos 93 anos, falece Lili, sobrevivente do Holocausto, mãe de três filhas e viúva. Sua doença vinha se estendendo há tempos, mas isso não faz com que a dor de sua partida seja menor. A banalidade da causa, “uma infecção nos pés”, é confrontada com um sentimento de descrença. Como é possível que aquela que sempre esteve presente não exista mais?

  • Monique Malcher

Flor de gume
Com sua prosa poética intensa, a autora passeia pelas ruas e pelas águas do Pará, trazendo à tona as dores de meninas, mães, avós. Três gerações de mulheres fortes, em 37 contos da autora paraense Monique Malcher.

“Monique não parece preocupada em desenvolver uma fórmula literária e sim, muito mais do que isso, produzir o gesto narrativo em seu ato contínuo, umedecido porque recém-saído do ventre.” Paloma Franca Amorim, escritora paraense, no prefácio do livro

  • Upile Chisala

Eu destilo melanina e mel
Em poemas corajosos que combinam ternura e contundência (“Sou ao mesmo tempo mel e limão”, diz um deles), Upile parte da própria experiência de viver como uma mulher negra no século 21 para, com muita sensibilidade, atingir leitores de qualquer gênero, idade e cor da pele. Sua escrita cativa e inspira, trafegando com destreza entre o lírico e o confessional em palavras que exalam liberdade e amor próprio. Num dos versos, ela afirma: “Espero fazer com palavras o que dançarinos fazem com braços e pernas”. E cumpre a promessa. Eu destilo melanina e mel é um livro para ser lido e relido.

  • Djaimilia Pereira de Almeida

Luanda, Lisboa, Paraíso
Luanda, Angola, anos 1970. Fruto de um parto com complicações graves, Aquiles nasce com uma má-formação que lhe dita o destino e o nome. A promessa de cura reside em uma cirurgia que somente pode ser realizada em Portugal, e até que ele complete quinze anos. Com o fatídico aniversário em vista, Aquiles e o pai, Cartola, partem para Lisboa, crentes de que será uma viagem passageira e de que eles serão recebidos como verdadeiros cidadãos portugueses. Na capital, sentem na pele o preconceito de serem imigrantes da ex-colônia enquanto o regresso a Angola torna-se cada vez mais distante.

  • Svetlana Aleksiévitch 

A guerra não tem rosto de mulher
A história das guerras costuma ser contada sob o ponto de vista masculino: soldados e generais, algozes e libertadores. Trata-se, porém, de um equívoco e de uma injustiça. Se em muitos conflitos as mulheres ficaram na retaguarda, em outros estiveram na linha de frente. É esse capítulo de bravura feminina que Svetlana Aleksiévitch reconstrói neste livro absolutamente apaixonante e forte. Quase um milhão de mulheres lutaram no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, mas a sua história nunca foi contada. Svetlana Aleksiévitch deixa que as vozes dessas mulheres ressoem de forma angustiante e arrebatadora, em memórias que evocam frio, fome, violência sexual e a sombra onipresente da morte.

  • Alice Walker

A cor púrpura
A cor púrpura, ambientado no Sul dos Estados Unidos, entre os anos 1900 e 1940, conta a história de Celie, mulher negra, pobre e semianalfabeta. Brutalizada desde a infância, a jovem foi estuprada pelo padrasto e forçada a se casar com Albert, um viúvo violento, pai de quatro filhos, que enxergava a esposa como uma serviçal e fazia dos sofrimentos físicos e morais sua rotina.

  • Lygia Fagundes Telles

As Meninas
Num pensionato de freiras paulistano, em 1973, três jovens universitárias começam sua vida adulta de maneiras bem diversas. A burguesa Lorena, filha de família quatrocentona, nutre veleidades artísticas e literárias. Namora um homem casado, mas permanece virgem. A drogada Ana Clara, linda como uma modelo, divide-se entre o noivo rico e o amante traficante. Lia, por fim, milita num grupo da esquerda armada e sofre pelo namorado preso.

  • Cidinha da Silva

O homem azul do deserto

“Além de refletir muito sobre cinema, música, literatura, em O Homem azul do deserto a autora transita e nos conta de vários brasis, sempre ligados pela diáspora brasileira, revelando o belo contido nessas histórias, sem nunca deixar de falar também do absurdo que envolve a vida da população negra no país. Desde os casos mais extremos, como os assassinatos de Cláudia da Silva Ferreira e Marielle Franco, até a situação em que um mediador tenta roubar a cena de uma escritora negra em uma mesa literária. No livro de Cidinha o racismo estrutural, assim como o machismo, apresentados da maneira que for, não têm um minuto de sossego.” – Geovani Martins

  • Aline Bei

Pequena coreografia do adeus
Julia é filha de pais separados: sua mãe não suporta a ideia de ter sido abandonada pelo marido, enquanto seu pai não suporta a ideia de ter sido casado. Sufocada por uma atmosfera de brigas constantes e falta de afeto, a jovem escritora tenta reconhecer sua individualidade e dar sentido à sua história, tentando se desvencilhar dos traumas familiares.

Entre lembranças da infância e da adolescência, e sonhos para o futuro, Julia encontra personagens essenciais para enfrentar a solidão ao mesmo tempo que ensaia sua própria coreografia, numa sequência de movimentos de aproximação e afastamento de seus pais que lhe traz marcas indeléveis.

Escrito com a prosa original que fez de Aline Bei uma das grandes revelações da literatura brasileira contemporânea, Pequena coreografia do adeus é um romance emocionante que mostra como nossas relações moldam quem somos.

  • Fabiane Guimarães

Apague a luz se for chorar
Cecília não sabe muito bem o que fazer com a própria vida. Depois de mudar de Brasília para o Rio de Janeiro, a jovem ainda não conseguiu encontrar um emprego nem organizar seu futuro.

João, pai solteiro de uma criança com paralisia cerebral, tenta levar a vida em Brasília como pode. Trabalha como veterinário na capital federal durante o dia e procura formas de ganhar mais dinheiro à noite ― o objetivo é juntar quantia suficiente para bancar um tratamento experimental para o filho.

Quando os pais de Cecília morrem, ela é forçada a voltar para a pequena cidade de sua infância, onde eles ainda moravam. Mas uma dúvida começa a atormentá-la: a possibilidade de que eles foram assassinados. E João, desesperado por mais recursos, começa a se aventurar por trabalhos pouco recomendáveis.

Ao cruzar suas histórias, Fabiane Guimarães cria um suspense impactante sobre o que significa ser parte de uma família, e os limites que estamos dispostos a ultrapassar para mantê-la.

  • Claudia Lage

O corpo interminável
A leitura é um poderoso instrumento de transformação. Neste mês e sempre, celebre a literatura feita por mulheres e mergulhe em histórias que merecem ser lidas, compartilhadas e lembradas.

 A seleção está disponível na Rede de Bibliotecas Sesc RJ e você pode reservar em: https://sesc.i10bibliotecas.com.br/lista/428

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