Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2020

17ª Semana Nacional da Ciência e Tecnologia

Este ano, a Semana Nacional da Ciência e Tecnologia completa a sua 17º edição com o tema “Inteligência Artificial: a nova fronteira da ciência brasileira”, promovendo o debates obre IA na produtividade brasileira, na prestação de serviços públicos, na melhoria da qualidade de vida das pessoas e na redução das desigualdades sociais.

Por Adriano Rocha, Analista de Educação do Sesc RJ

Investir em Educação, Ciência e Tecnologia é de grande valia e importância para o desenvolvimento social e econômico de um país. Oportunizar acesso e inclusão social por meio do domínio de conhecimentos científicos e tecnológicos é pressuposto para o exercício da cidadania. Mais do que conhecer Ciências, é necessário saber pensar e agir cientificamente para compreender e atuar sobre o mundo de maneira adequada e consciente. Considerando a velocidade e o dinamismo com que conhecimentos científicos e tecnológicos se multiplicam e se renovam, há a necessidade de permanente atualização.

Com o objetivo de aproximar a Ciência e Tecnologia da população, promovendo eventos que congregam centenas de instituições (públicas, privadas, movimento social) com atividades de divulgação científica em todo o país, foi criada em junho de 2004 a Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, sob a coordenação do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações.

O evento aborda a Ciência e a Tecnologia com uma linguagem acessível à população e por meios inovadores que estimulem a curiosidade e motivem a população a discutir as implicações sociais da Ciência e aprofundem seus conhecimentos sobre o tema.

Desde então, diversos temas foram colocados em pauta para discussão e reflexão junto à população brasileira, tais como:

2004 Brasil, olhe para o céu
2005 Brasil, olhe para a água!
2006 Criatividade e inovação
2007 Terra
2008 Evolução e diversidade
2009 Ciência no Brasil
2010 Ciência para o desenvolvimento sustentável
2011 Mudanças climáticas, desastres naturais e prevenção de risco
2012 Economia verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza
2013 Ciência, saúde e esporte
2014 Ciência e tecnologia para o desenvolvimento social
2015 Luz, ciência e vida
2016 Ciência alimentando o Brasil
2017 A Matemática está em tudo
2018 Ciência para redução das desigualdades
2019 Bioeconomia: diversidade e riqueza para o desenvolvimento sustentável

 

A revolução tecnológica que assistimos nos últimos anos tem impactado diretamente nossas relações sociais e a maneira que devemos estar no mundo. Toda essa revolução tem promovido deslocamentos, exigindo uma educação que dialogue e instrumentalize as pessoas com todo este aparato e inovação tecnológica, sob pena de exclusão social daqueles que não acompanham este processo.

Nanotecnologias, neurotecnologias, robôs, inteligência artificial, biotecnologia, sistemas de armazenamento de energia, drones e impressoras 3D. Todas estas palavras fazem parte da 4º revolução industrial. Nessa revolução tecnológica as áreas da biologia, física e digital tem se fundido, transformando nossa forma de agir e interagir.

A robótica está cada vez mais presente, automatizando tarefas repetitivas e aumentando a produtividade enquanto os dispositivos, máquinas e até as pessoas estão cada vez mais conectadas (IOT – internet das coisas) gerando um ambiente integrativo. A internet e a computação em nuvem permitem um acúmulo e troca de dados nunca visto na história da humanidade. Novas formas de produção e projeto, como a simulação, realidade virtual e aumentada e a impressão estão mudando as nossas relações.

O QUE É INTERNET DAS COISAS (IOT)?

É um fenômeno contemporâneo, mas que continua a se desenvolver e que está desenhando nosso futuro de uma forma completamente inédita e peculiar. Com diversas possibilidades e aplicações, a IOT está revolucionando a relação das pessoas com a tecnologia, mudando nossa relação com o mundo.

IOT é o modo como os objetos físicos estão conectados e se comunicando entre si e com o usuário, através de sensores inteligentes e softwares que transmitem dados para uma rede. Como se fosse um grande sistema nervoso que possibilita a troca de informações entre dois ou mais pontos. Para exemplificar temos as smarts cities, é possível desenvolver sistemas de transporte, de controle de resíduos, de energia, e até de execução das leis que sejam movidos a dados para torná-los mais eficientes e melhorar a qualidade de vida nas cidades. Podemos interagir e colher informações desses sistemas inteligentes usando nossos smartphones, relógios e outros wearables.

Mais do que isso, os sistemas vão se comunicar uns com os outros. Caminhões de lixo podem ser alertados de onde tem lixo que precisa ser coletado, e sensores nos nossos carros vão nos direcionar para onde há vagas disponíveis que podemos parar, assim como os ônibus podem atualizar sua localização em tempo real, e assim por diante. Neste sentido, a tendência de crescimento do mercado de carros individuais e de transporte de carga por veículos autônomos é um grande passo de mobilidade urbana possibilitado pelo avanço da IOT.

E A TECNOLOGIA NO BRASIL?

O próprio desenvolvimento tecnológico no Brasil se coloca como um grande desafio, dada as nossas desigualdades sociais e territoriais. Sabemos que no Brasil parte da população não acompanha todo esse processo tecnológico, há regiões no Brasil que sequer a internet chega. Além disso, sabemos que países desenvolvidos só atingiram esse patamar após massivos investimentos do governo na educação, ciência e tecnologia.

No Brasil ainda há muitos entraves no âmbito das políticas públicas e investimentos na educação. Temos grandes especialistas, cientistas e pesquisadores brasileiros, porém, se não houver investimento público para financiar as pesquisas e estudos, não será possível o surgimento de novas tecnologias, o Brasil é ainda um país que exporta insumos, um país agrícola.

Precisamos de investimentos na ciência para que nos tornemos um país que exporte tecnologia. Precisamos investir em infraestrutura para que todo esse avanço tecnológico chegue para todos, nos mais longínquos rincões brasileiros, para que dessa forma, todos os brasileiros sejam incluídos social e digitalmente, sendo capazes de exercer sua plena cidadania. O desafio está posto.

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